terça-feira, 20 de setembro de 2016

                                                                 videos de horror  
                                         selecionei alguns videos que gostaria que vissem
                                                                   abraços do diablo


4
OS NOMES INFERNAIS

Abaddon - (hebreu) o destruidor.
Adramelech - demônio sumeriano.
Ahpuch - demônio maia.
Ahriman - demônio mazdeano
Amon - deus egípcio da vida e reprodução, com cabeça de carneiro
Apollyon - sinônimo grego para Satan, o arquidemônio.
Asmodeus - demônio hebreu da sensualidade e luxuria, originalmente "criatura do julgamento".
Astaroth - deusa fenícia da lascívia, equivalente da Ishtar babilônica.
Azazel - (hebreu) instruiu os homens a criarem armas de guerra, introduziu os cosméticos.
Baalberith - senhor canaanita da Convenção, que se tornou mais tarde um demônio.
Balaam - demônio grego da avareza e cobiça.
Baphomet - adorado pelos Templários como símbolo de Satan.
Bast - deusa egípcia do prazer representada pelo gato.
Beelzebuth - (hebreu) senhor das moscas, tomada do simbolismo do escaravelho.
Behemoth - personificação hebraica de Satan na forma de um elefante.
Beherit - nome sírio para Satan.
Bile - deus celta do Inferno.
Chemosh - deus nacional de Moabites, mais tarde um demônio.
Cimeries - monta um cavalo negro e rege a África.
Coyote - demônio do índio americano.
Dagon - demônio filisteu vingativo do mar.
Damballa - deusa serpente do Vodu.
Demogorgon - nome grego para demônio, diz-se que não seria conhecido pelos mortais.
Diabolus - (grego) "fluindo para baixo".
Drácula - nome romeno para demônio.
Emma-O - regente japonês do Inferno.
Euronymous - príncipe grego da morte.
Fénriz - filho de Loki, descrito como um lobo.
Gorgo - diminutivo de Demogorgon, nome grego para demônio.
Haborym - sinônimo grego para Satan.
Hecate - deusa grega do mundo subterrâneo e feitiçaria.
Ishtar - deusa babilônica da fertilidade.
Kali - (hindu) filha de Shiva, alta sacerdotisa de Thuggees.
Lilith - demônio feminino hebraico, primeira mulher de Adão que lhe ensinou as coisas.
Loki - demônio teutônico.
Mammon - deus aramáico da riqueza e do lucro.
Mania - deusa etrusca do Inferno.
Mantus - deus etrusco do Inferno.
Marduk - deus da cidade de Babilônia.
Mastema - sinônimo hebreu para Satan.
Melek Taus - demônio yesidi.
Mephistopheles - (grego) quem evita luz, Faustus.
Metzli - deusa azteca da noite.
Mictian - deus azteca da morte.
Midgard - filho de Loki, descrito como uma serpente.
Milcom - demônio amonita.
Moloch - demônio fenício e canaanita.
Mormo - (grego) rei dos Ghouls, consorte de Hecate.
Naamah - demônio feminino grego da sedução.
Nergal - deus babilônico do Hades.
Nihasa - demônio do índio americano.
Nija - deus polaco do mundo subterrâneo.
O-Yama - nome japonês para Satan.
Pan - deus grego da luxuria, depois relegado ao demonismo.
Pluto - deus grego do mundo subterrâneo.
Proserpine - rainha grega do mundo subterrâneo.
Pwcca - nome gales para Satan.
Rimmon - demônio sírio adorado em Damasco.
Sabazios - demônio frigido, identificado com Dyonisus, adorado como serpente.
Saitan - equivalente enoquiano de Satan.
Sammael - (hebreu) "Veneno de Deus".
Samnu - demônio da Ásia Central.
Sedit - demônio do índio americano.
Sekhmet - deusa egípcia da vingança.
Set - demônio egípcio.
Shaitan - nome árabe para Satan.
Shiva - o destruidor.
Supay - deus inca do mundo subterrâneo.
T'an-mo - contraparte chinesa para demônio, cobiça, desejo.
Tchort - nome russo para Satan, "Deus Negro".
Tezcatlipoca - nome azteca do Inferno.
Thamuz - deus sumeriano que mais tarde foi relegado ao demonismo.
Thoth - deus egípcio da magia.
Tunrida - demônio feminino escandinavo.
Typhon - personificação grega de Satan.
Yaotzin - deus azteca do Inferno.
Yen-lo-Wang - regente chinês do Inferno
Madrugada


Já passa das três da manhã, estou caminhando pela rua praticamente deserta já que estou caminhando há horas e ainda não cruzou uma alma nem viva nem morta em meu caminho. Nunca ando só, nicotina e álcool sempre me fazem companhia.
Senti um arrepio... Deve estar fazendo um pouco de frio não sei, a segunda garrafa de vinho me aquece um pouco, talvez deveria ter pego um casaco.
A noite está perfeita, céu limpo e uma lua extraordinariamente linda e cheia. Paro e bebo mais um gole antes de acender outro cigarro, enquanto dou a primeira tragada sinto uma sensação estranha, pareço estar sendo seguida ou observada. Olho a minha volta e não vejo movimento algum. Olho novamente pra ter certeza pois a segunda garrafa começa a fazer efeito, mas não enxergo nada de diferente, a rua continua vazia. Continuo meu caminho sem rumo.
Enquanto divido minhas confusões com minha garrafa entre uma tragada e outra, sou surpreendida pelo som de passos fortes, mas não sei ao certo em qual direção está vindo, não sei se paro ou se continuo, já meio desconfiada resolvi olhar para trás mas continuei sem ver muita coisa pois agora a neblina havia aumentado, mas quando olho novamente para frente sou quase que levada por um vento forte que veio de repente, bom resolvi mudar o trajeto um pouco afinal estava naquela direção há algum tempo mesmo. Estava perto de uma igreja onde tem uma escadaria, vou me sentar por lá e dar um descanso as pernas.
Sentei nas escadas e acendi mais um cigarro depois do ultimo gole de vinho, como de costume quebrei a garrafa. Notei uns pingos de vinho pelo chão, mas não me lembro de ter derramado nada no chão e quando quebrei a garrafa não havia mais nenhum gole lá dentro, cheguei mais perto pra ver... Minha nossa... É sangue! Será que estou tão bêbada que me cortei e não senti?
Enquanto eu pensava no sangue que estava no chão ouvi um gemido que vinha do lado de dentro da igreja. Fiquei pensando em talvez olhar o que poderia ter acontecido, quando a porta abriu, esperei mas ninguém saiu ou entrou.
Subi as escadas pensando se eu devia ou não, entrei...Olhei...Nenhum movimento.
Achei que talvez fosse algum padre pedófilo sem vergonha e saí, afinal o que eu faria dentro de uma igreja. (risos)
Segundo o relógio que havia na frente da igreja eram exatamente cinco horas e cinco minutos.
Lembrei do cemitério que havia atrás da igreja, como era caminho de volta pra casa resolvi dar uma olhada. Enquanto caminhava entre os túmulos e como de costume lendo as lápides, senti outra vez aquele mesmo arrepio de antes, e agora não estava frio, em seguida o mesmo vento... (risos) acho que estou mesmo bêbada... (risos)..que estranho 
                                      -------------O Dez Mandamentos Satânicos!--------------

                                        (1)-Amarás e odiarás com a mesma intensidade!
                                        (2)-Amarás a te mesmo acima de tudo!
                                          (3)-Amarás o próxino da forma que ele te ama!
                                           (4)-Conhecerás a ti mesmo!
                                          (5)-Buscarás sempre a melhoria material e espiritual!
                                           (6)-Não usarás o nome de Satan para fins indevidos!
                                              (7)-Respeitarás e protegerás as crianças e os animais!
                                                (8)-Viverás cada segundo como se fosse o último!
                                                  (9)-Andarás a teu modo, mas respeitarás o caminho dos outros!
                                                   (10)-Darás o seu meçlhor em tudo o que fizeres!




Galeria de Horrores


      Ele ri dos otários que entram sem serem chamados no seu recinto, seu palácio ou seu mundo de aventuras. Mesmo que tudo ali seja escuro, fétido, frio; onde os ratos o fazem companhia, e muitas das vezes, suas pequeninas cobaias. Às vezes, quando a chuva cai sobre o tapete imundo que é o asfalto lá em cima, na cidade, os bueiros vomitam a água suja e mal-cheirosa no seu reino, só para depois cuspir tudo no rio Tietê, fazendo tudo subir e inundar partes mais baixas da cidade.
     Os intrusos de hoje são um casal de drogados que resolveram se aventurar na galeria pra poder fumar uma pedrinha crack mais caprichada que compram a poucos minutos das mãos de um traficantezinho vacilão de merda da cracolândia. Ele observa os dois se beijando num canto mais claro de sua galeria e, mais alguns passos, estarão na penumbra, no breu, na escuridão que os levará para a cama de cirurgia. Ele já espera por alguém há quinze dias, e seus ratinhos de estimação estão famintos, pois os últimos alimentos acabaram ontem.
      O rapaz retira a blusa da garota, os seios desnudos balançam no ar. Ele nem se excita vendo a cena. Em movimentos rápidos, ela faz sexo oral no rapaz, que geme de prazer e dá uma tragada no cachimbo feito de lata de cerveja, soltando um grito de prazer e poder, ecoando pela escuridão do reino. Ela se levanta e o puxa pelo braço, adentrando pela escuridão. Uma luzinha de celular é acesa e o túnel se enche de um azul espectral, sombrio. Eles vão tropeçando em tudo quanto é tipo de porcaria, sujeiras trazidas pela última enxurrada. Desenhos pintados nas paredes por pichadores ganham vida com a luzinha azul. Ela não aguenta mais e o puxa pra cima dela, deslizam pela parede imunda e se entregam ao prazer.
      Ele enxerga tudo verde com o aparelho de visão noturna que conseguira de um grupo de manutenção da prefeitura que, sendo ridicularizados pelos outros lá em cima, que não acreditavam no que eles diziam: um vulto surgiu do nada e lhes roubou o aparelho. Ele esmaga o celular com o pé e tudo fica negro. Ela grita e tenta procurar as cegas o aparelho esmigalhado ao seu lado. O rapaz tenta por as calças no lugar, correndo os olhos esbugalhados para todos os lados.  Ele gosta de ver o corpo perfeito dela, mas o que ele mais gosta é de ver o rosto assombrado dela, os olhos arregalados tentando desesperadamente procurar luz, e, ao pegar e sentir o celular aos pedaços, seu rosto se contorce num esgar horroroso.
      Ela grita que tem alguém lá.
      O rapaz se assusta com a revelação e tenta correr, deixando-a para trás.
Poderosas mãos o segura, como alicates se fechando na carne. Ele solta um grito ululante, e uma mão com um pano tapa sua respiração. O cheiro de clorofórmio queima seu nariz e...
      E vem o horror em sua alma.
Enquanto ele é abatido, a garota tenta por suas calças com toda a rapidez do mundo, o coração aos saltos, transbordando-lhe de terror. Quanto percebe que tudo ficou em silêncio, sente que alguém está pouco mais de um metro de distância. Ela grita pelo nome do rapaz, mas não ouve nada a não ser pela respiração ofegante a poucos metros de si. Seu coração balança no peito e suas pernas parecem de borracha.
      Ele avança sobre ela como uma bala. A garota solta um grito pavoroso ao sentir as mãos que mais se parecem como garras assassinas e... O clorofórmio queima-lhe o nariz. O mundo negro a sua frente não passa de um lugar horrivelmente medonho, assombroso, enquanto sua vida miserável de drogada passa diante de seus olhos arregalados.

      Ela ouve um zumbido que mais se assemelha com abelhas zunindo aos seus ouvidos. Logo uma suave música de violino adentra em seu cérebro e ela resolve abrir os olhos. Tenta focalizar o teto de reboco cinzento, com uma luminária tendo apenas uma lâmpada fluorescente acesa. Tenta erguer-se e percebe que seus braços e pernas estão amarrados.
      É aí que tudo lhe volta à mente. Suas entranhas intumesceram.
Com horror na alma, ela tenta olhar a sua volta. E vê uma figura medonha, uma figura parecida ter saído de um pesadelo real, muito real e pavoroso. Veste uma sobrecasaca de médico, imunda, mas é o que era. Nas mãos, luvas descartáveis sujas de algo indescritível, e um rosto cheio de cicatrizes, faltando o olho direito. A figura medonha lhe encara e um sorriso sarcástico deixa á mostra uma boca faltando alguns dentes. Um cheiro de podre impregnado no ar, mas não um cheiro podre que ela conheça. Ela começa a tremer de pavor ao vê-lo se aproximar com objetos cirúrgicos numa bandeja de inox suja de sangue ou algo parecido.
      – Ah, você acordou, enfim – disse a figura medonha, olhando com o único olho que lhe restara na cara retalhada, a voz é de um tom grave de barítono.
      Ela geme de medo, mas fala:
      – Quem é você e o que quer comigo? Cadê meu amigo? O que fez com ele? Onde eu estou? E...
      – Calma... uma pergunta de cada vez! – responde, e pega um bisturi, olha-o com uma precisão médica. – Seu amiguinho agora faz parte da minha galeria de artes, afinal de contas, dei o nome de o covarde foge à luta, já que ele correu e te deixou lá, sozinha comigo. Bem, você está no meu reino subterrâneo e quero de você um pouco de companhia, pois moro sozinho e não sei o que é uma companhia feminina há anos, sabe! – ele dá uma piscadela com o único olho e observa o corpo nu amarrado à cama de cirurgia... perfeito. Os cabelos loiros longos, mal cuidados, mas longos e bonitos. O ventre bem delineado e escultural, as coxas roliças e os cabelos castanhos combinado com os pelos pubianos, quase marrons.  – Me chamo Dr. Henrique, médico artista-plástico pela USP, turma de 86, belo ano...
      – Por favor, não faça nada comigo, eu imploro! Por favo, por favor, por favor... – ela pediu, chorando, sentindo um medo abisso.
      – Não farei nada que você não goste... só quero sua companhia para terminar a minha mais nova obra da arte-plástica, uma opinião! Quer ver só qual é minha obra?! – indaga e sai.
      Ela começa a pensar na possibilidade de morrer ali, e esse pensamento a faz tremer, e juraria – e por Deus como ela juraria – que nunca mais iria encher-se de droga, nem desobedecer a seus paizinhos tão otários que acreditam nela, quando diz ter parado de usar essas substâncias ilegais. Ouve passos e algo sendo como um ranger de rodinhas. Ergue a cabeça e vê o louco arrastando algo numa cadeira de rodas e algo escondido sobre um lençol branco manchado de sangue. Ele se aproxima da cama e gira uma manivela ao lado da cabeceira. A cama começa a se dobrar em noventa graus. Ela pode ver tudo com mais clareza, agora. Ele volta até o misterioso volume atrás do lençol e o tira. A cena a seguir, nem nos pesadelos mais profundos dela e da alma humana, jamais poderia ser verdade... mas era.
      Aquele que minutos, horas, dias atrás – ela não sabe – deveria ser o namoradinho drogado dela, estava sem as pernas e estavam costuradas uma em cada lado de suas costelas, com os calcanhares virados para frente. As mãos, esticadas em direção a virilha, estavam costuradas no lugar onde havia pênis e testículos, e estes dois, estavam costurados no centro do peito, murchos e arroxeados.
      A garota grita, mas não foi um grito qualquer, foi um grito gorgolejante e pavoroso, que deve ter sido ouvido por toda a extensão do local. A figura medonha ri. Ri como um louco, passando a língua nas brechas dos dentes que lhe faltam na boca podre.
      – Ele não ficou uma beleza?! Os covardes têm que ser vistos assim, sem as pernas e as mãos presas numa vagina, e não num pênis... eles não devem ter pênis, isso é pra homens de verdade, que não fogem à luta.
      É aí que ela ouve um gemido comprimido daquilo que um dia foi seu namoradinho e urra de desespero, fraqueza. Tenta soltar-se dos cordões que a prende.
      – Fique calma, eu não vou fazer isso com você e...
      – Você é um louco! Ele ainda está vivo, não percebeu ainda! – ela berra, alucinada de horror.
      Ele dá três passos e cola o seu rosto no dela:
      – Nunca mais me chame de louco novamente, sua vaquinha sem vergonha, ou juro que vai sentir meu bisturi lhe abrindo sua linda xoxota como se ela fosse um pedaço de manteiga, ouviu bem? – ameaça e se afasta, dando-lhe as costas – Eli Roth e Quentin Tarantino deviam saber mesmo que existem pessoas como eu quando fizeram juntos o filme O Albergue, sabe! Realmente existem pessoas como eu no mundo... e muitas. O mundo não nos compreende, cara! Somos fantásticos, sabia!
      Ela não respondeu nada, mas sentiu o cheiro que emanava da boca dele, era putrefato e azedo, nauseante e ardente.
      – Eu gosto de contar meu caso pros mais chegados, sabe! Fui expulso do curso de artesões-plásticos quase no final... aprendi como deixar uma pessoa paralisada e viva por muitos anos somente à base de um soro criado por mim. Fui taxado de lunático e me expulsaram. Desse dia em diante passei a fazer obras de arte com os corpos dos que invadem meu reino, sabe! Quer ver só como faço isso?!
      A garota nem teve tempo de responder que não, e ele se prostou trás dela, e, em movimentos rápidos, ergueu sua cabeça, e foi aí que ela sentiu uma dor insuportável atrás do pescoço. Soltou um urro pavoroso ao sentir a lâmina do bisturi lhe cortando a carne. Depois, como num passe de mágica, tudo ficou dormente, e do pescoço pra baixo tudo estava paralisado. Ele soltou as amarras que lhe prendia e sentou-se ao lado dela, limpou o instrumento no roupão e sorriu.
      – Viu? Esse é o primeiro passo! Agora você está paralisada do pescoço pra baixo... não sente mais nada... nadinha, sabia!
      A garota não consegue simplesmente expressar seu horror diante disso, pois sua cabeça parece estar presa num espeto, pendendo no ar. As lágrimas rolam com abundância, o rosto contorcido num esgar horrível. A cama inunda-se de sangue.
      – ah, não chore, pois mesmo se eu fizer isso... – disse e foi até um armário e pegou algo. Voltou e colocou um rato no abdômen dela, um rato grande e marrom, que perambula por sobre a pele alva e inerte: – Certamente você não sentirá nada – completou, dando uma risada sinistra.
      A garota grita em desespero, mas não sente nada.
Ele retira o rato, e, num gesto preciso, passa o bisturi na região do rim, abrindo-lhe um talho de quinze centímetros de cumprimento, depois mete a mão lá dentro e puxa um rim, que sai jorrando sangue. Tira-o e mostra pra ela.
      – Vê? Você não sente nada – diz, limpando a superfície jocosa com a mão esquerda.
      Ela sente uma onda em aspiral lhe bombardear a cabeça, com uma onda de choque repentino, e pontinhos negros surgem diante dos seus olhos, que giram nas órbitas. Geme de horror e vê o mundo girar...
      Sente tapinhas no rosto e volta a si, mas preferiria morrer ao vê-lo colocando o rim recém-tirado dentro de sua vagina. Ele olha com excitação para ela, e, num único movimento com o bisturi, abre-lhe a garganta.
      Agora ela sente.
      Sente uma dor fina e dilacerante. Tenta respirar, mas o sangue lhe invade a garganta fazendo-a tossir. Um punhado de sangue rubro projetou-se para fora, espalhando-se e tingindo seu corpo nu. Filetes abundantes de sangue escorrem do nariz. Era insuportável morrer afogada no próprio sangue. Logo tudo fica dormente, calmo, e a escuridão volta a dominar seus olhos pela última vez, mas não antes de ouvir, lá no que restou da sua consciência, essas palavras distorcidas, sarcásticas:
      – Estão com fome, meus amiguinhos...



FIM.