quinta-feira, 30 de março de 2017

Você já quis matar alguém?


Quem nunca tirou uma vida não pode entender as razões de quem já o fez. Por isso, não tente aplicar a mim as suas noções de justiça, necessidade ou prazer. Vou contar a minha história não para que você me julgue, mas para que a experimente, se for capaz.

Meu pai sempre teve armas em casa. Era colecionador. Eu nunca pusera um dedo em nenhuma, pois sabia que o velho me arrancaria o couro, talvez literalmente. Quando íamos para o sítio da família no interior, ele sempre levava pelo menos uma espingarda de chumbinho. Eu o observava acertar alvos parados, depois móveis, e aquilo podia proporcionar horas de agonia para minha mãe, que ficava mais pálida a cada tiro ouvido a distância. Não é um esporte para pessoas frágeis.

Nosso caseiro era um homem de uns 50 anos, com cara de mais de 60, sem esposa, filhos ou dinheiro, que meu pai empregara por piedade. Mas em pouco tempo os vizinhos do interior começaram a nos telefonar em São Paulo queixando-se de que o homem aprontava nos botecos da cidadezinha, completamente bêbado, arranjando encrenca com os peões. Quando contratamos o pobre viúvo, não sabíamos que era um alcoólatra.


Nas férias de verão, fomos para lá e assim que chegamos demos com a horta nos fundos da casa, de onde mamãe tirava seus temperos e saladas, mastigada por pássaros e insetos. O gramado, amarelo e sem viço, e o pomar, forrado de frutas podres que ninguém havia colhido.

O homem foi despedido. Lembro-me dele naquela manhã, sóbrio, protestando. Papai não cedeu. Era um homem firme. Vi o velho ir embora cabisbaixo e senti uma ponta de estranha satisfação.

Na noite seguinte, minha mãe recolhia roupas do varal quando eu a ouvi gritar. Corri para fora antes de meu pai, mais curioso do que aflito, e vi o antigo caseiro segurando-a pelo braço. Ele não passava de um bêbado gritando bobagens, mas ela tremia de pavor.

Eu tinha sete anos e me lembro de tudo isso e do que veio depois tão bem quanto a gente consegue lembrar de quando tinha essa idade. Comecei a xingá-lo, velho feio e nojento, os piores nomes que um rapazinho de família sabia. Papai saiu da casa. Nas mãos, tinha a espingarda. Nos olhos, ódio.

Minha mãe escapou e me arrastou para dentro, trancando-me no quarto. Me deixa sair, eu pedia, quero ajudar papai. Mas sabia que ele não precisava de nenhuma ajuda. Eu queria ver o que ele ia fazer com o homem. Mamãe, não. Por isso, ficou apenas escorada do lado de fora da minha porta, impedindo que eu saísse ou que olhasse pelo buraco da fechadura.

Da janela, entre as frestas da veneziana, vi meu pai levar o velho em direção ao bosque que ficava perto da casa principal, apontando a arma para sua nuca. Abri a janela em silêncio, saltei na grama e os segui à distância.

Fui arranhado por uma dezena de trepadeiras e samambaiaçus que formavam o que para mim parecia uma verdadeira mata pré-histórica, repleta de sons noturnos e brilhos incertos. Andamos por muito tempo, a noite era quente, eu suava de calor e de excitação. Atravessamos muitos trechos de mata densa até que vi os dois pararem. Eu me escondi atrás de um tronco, temendo que me vissem. Não consegui enxergar mais nada. Ouvi suas vozes baixas, sem entender o que diziam. Então, um tiro, e outro, e mais outros. Depois, silêncio.

Quando finalmente achei seguro deixar meu esconderijo, meu pai estava tapando um buraco com terra e folhas. Não havia mais sinal do nosso antigo caseiro.

Ele se ergueu e acho que quase gritou quando me viu ali parado.

Não se preocupe, papai, eu disse a ele. Não vou contar nunca pra mamãe que você matou o homem ruim.

Ele não disse nada. Andou até o córrego no meio do bosque, lavou as mãos, enxugou-as nas calças. Quando alguém ameaça sua família, você fica louco, murmurou, creio que tentando convencer a si mesmo. Só então sorriu um sorriso forçado. Vai ser nosso segredo, disse.

Contou a mamãe que tinha dado um dinheiro para o velho ir embora e que se aparecesse lá de novo nós chamaríamos a polícia imediatamente. Isso bastou para ela.

Não falamos mais sobre aquilo e eu não perguntei a ele se tinha remorso de ter matado o velho. Mas muitas vezes me peguei deitado na cama imaginando o que ele havia sentido. Se seria excitante apontar uma arma para outra pessoa. Se seria divertido ouvi-la pedir misericórdia. Se seria prazeroso como nenhuma outra coisa olhá-la nos olhos, ver o terror em seu rosto e, ainda assim, disparar o gatilho.

Quando eu tinha uns doze anos meu pai me achou homem o suficiente pra aprender a usar a espingarda de chumbinhos. Tecnicamente, não é nem mesmo uma arma de fogo, pois não dispara movida a explosão, mas a ar comprimido. É coisa pra matar passarinho mesmo. Um brinquedo. Em meus treinos solitários eu imaginava como teria sido matar alguém com aquilo. Um tiro dado bem de perto num dos olhos funcionaria? Seria suficiente para penetrar no cérebro e arruinar tudo? Quem sabe com o cano colado na têmpora da vítima? Ou dentro da sua boca, o chumbinho rasgando a garganta por dentro, causando hemorragia, asfixia?

Fui experimentar minhas teorias. Havia um cão vira-latas que sempre aparecia pelos arredores, certo de receber restos de comida nos sítios. Encontrei-o sob uma árvore na estrada e mirei no olho. Infelizmente o tiro pegou na orelha, e o animal saiu correndo e ganindo, sem que eu conseguisse acertar um outro tiro num ponto mais vital. Mas no mesmo dia tive a sorte de encontrar outro alvo interessante. Estava bem no meio da estrada, semi-atropelada por alguma roda veloz. O corpo estava esmagado no local onde deviam ficar as entranhas. Era uma cascavel, arisca e belíssima em sua agonia contorcionista. Fiquei longe o suficiente para evitar a última mordida do bicho. Mirei bem na cabeça que se movia. Acertei em cheio! Depois, com meu canivete, cortei fora o chocalho da cobra, meu troféu. Carreguei por muitos anos o chaveiro que meu pai fez para mim com ele.

Logo, porém, a velha espingardinha perdeu a graça e procurei outras distrações. Com o tempo, como era de se esperar, comecei a olhar para as garotas com olhos que já não eram de menino. Aos quinze, tive essa namoradinha completamente doida. Era maior de idade e me mostrou o cigarro, a bebida, as drogas e o sexo, de longe a coisa mais interessante da lista. Seu sexo era bizarro e eu, um parceiro perfeito. Fazíamos teatro na cama, empregando uma dezena de brinquedos menos inocentes do que chicotes de couro. Verdade, ela mandava em mim e suas ordens eram: me chama de puta, me bate, me fode. Um dia, ela se jogou no chão e me pediu pra chutá-la. E eu chutei. Não parei de chutar quando ela pediu. Joguei-me sobre ela e apertei seu pescoço até não agüentar mais suas unhas enormes me arranhando os braços.

Ela se levantou ofegando, xingando, juntando as roupas, jurando que ia prestar queixa contra mim na Delegacia da Mulher. Eu disse a ela que a denunciaria antes como corruptora de menores, traficante, prostituta e sei lá mais quantas bobagens que eu era capaz de elaborar e que o seu estilo de vida confirmaria.

A polícia nunca foi me procurar por isso. Nunca mais vi a garota.

Sexo, drogas, badalação: nada disso me satisfazia. Eu levava em mim algo insaciável desde aquela noite no sítio, anos antes. Tinha vontade de procurar meu pai e perguntar tudo. Queria saber sobre o prazer, a sensação de ser superior àquele homenzinho desprezível e esmagá-lo feito uma barata, a noção de ser poderoso, maior do que a lei, a moral, a vida. Mas sabia que ele jamais confessaria.

Eu ansiava por aquilo que faria meu sangue ferver de verdade, algo que ensaiou sua aparição quando acertei o cão vadio, quando acabei com a agonia da cobra, quando arranquei as pernas dos camundongos no fundo da casa… Eu não falei dos camundongos? Eles me entretiveram por alguns anos. Eles e os pardais nas arapucas. Mas isso não é importante. O importante era aquele calor, aquele júbilo doido que tomou conta de mim quando quase sufoquei minha namorada. Essas coisas todas me davam prazer, estar no limite e, quem sabe, cruzá-lo. Mas eu não conheci o êxtase até aquela noite, seis anos atrás.

Eu havia chegado aos dezoito e saía há alguns dias com essa menina bonita, menor de idade ainda e, como toda menina, ansiosa para ser mulher. Sei o que estão pensando: chave de cadeia, certo? Como nem eu nem ela queríamos a intromissão de nossos pais nesse assunto, estávamos nos vendo às escondidas.

Fomos sozinhos a uma casa noturna no centro da cidade. A banda era boa, mas ela prestava mais atenção ao que eu cochichava ao seu ouvido. Soltei meia dúzia dessas bobagens românticas que tornam o caminho entre as pernas das garotas mais largo e rápido. Depois, meus verbos ficaram mais ousados, lamber, apertar, chupar. Ela aceitou voltar comigo para o carro. Vagamos por algum tempo até chegar a um local maravilhosamente deserto, cheio de casebres e terrenos baldios, nada convidativos a curiosos.

Ela era mesmo bonita. Rosto de criança e corpo de mulher, combinação irresistível, e eu não resisti. Inclinamos os bancos e eu comecei a beijá-la. Mas, volúveis, as mulheres acham que podem mudar de idéia no meio do caminho que aceitaram seguir, e ela, boa moça de família, não deixou minhas mãos continuarem roupas adentro, me chamou de apressado, calma que não é assim, eu sou virgem…

Suas mãozinhas prepotentes me empurraram. Era tudo de que eu precisava.

A verdadeira excitação cresceu em mim de forma explosiva e eu me joguei sobre ela. Ela ameaçou gritar, tampei sua boca com uma mão, com a outra eu puxei sua saia, examinei depressa o que escondia. Ela mordeu a mão que a amordaçava. Sem pensar, acertei um soco no seu rosto e travei os dedos em volta da sua garganta. Meu casaco grosso de couro impediu que ela me arranhasse, mas eu não pensava nisso na hora. Ela se debatia. Eu me lembrei dos pernilongos quando a gente os segura por uma perna e vai arrancando as outras devagar. Seus olhos enormes, arregalados, nada entendiam, só suplicavam, a boca muda, aberta como um mundo de novas sensações para mim. Vi as pupilas tremerem e sumirem por sob as pálpebras e a língua pender entre os lábios.

Aproximei meu rosto do seu: não respirava mais. Ainda penetrei o aperto de seu corpo seco, ainda quente, mas logo desisti. Aquilo não tinha mais graça; eu já havia apaziguado a minha sede.

Rodei por muito tempo na via que margeia o rio, madrugada afora, até sair da cidade. Antes que o sol nascesse e o movimento voltasse às ruas, arrastei minha vítima para a margem do rio, fiz uma chupeta no tanque do meu carro e despejei um pouco de gasolina no corpo. Acendi um pedaço de papel com meu isqueiro e joguei-o sobre o corpo. Creio que consegui ao menos desfigurá-lo e apagar o meu toque na sua pele já roxa. Era suficiente; empurrei-a para dentro da água imunda. Achei impressionante ver como foi fácil. Especialmente nos dias seguintes, quando ninguém da polícia veio me procurar.

Mas não resisti a guardar comigo o pingente que ela levava no pescoço. Um pequeno troféu, que guardei junto com o chocalho da cascavel no fundo de uma gaveta.

Naquela noite, conheci a verdadeira paixão da minha vida: a morte. A morte estampada nos olhos de quem encara seus instantes finais, a vida se perdendo sem defesa entre minhas mãos. Isso era poder. Isso era o gozo supremo.

E, sabendo disso, não pude mais parar.

Elas não precisavam ser garotinhas. Bastava que fossem jovens, de pele ainda tenra e olhos grandes nos quais eu pudesse ver meu rosto refletido antes de as pupilas se tornarem baças. A emoção de seduzi-las, levá-las comigo, despistar todos os olhares e então vê-las dar seu último suspiro me dominava completamente. A lábia, a transgressão e então o júbilo da vitória. Sempre guardava uma lembrancinha, anel, presilha de cabelo, até cadarço de tênis, na falta de algo melhor. Não podia manter um registro escrito da minha marca, pois seria muito perigoso, então essa era a minha forma de contabilizar. Minha mãe uma vez até encontrou o estoque e eu expliquei tranqüilamente que eram lembranças de minhas ex-namoradas. Chegaram a um total de doze peças. Uma para cada garota.

Sei o que você está pensando. Se não sinto culpa. Se nunca pensei na dor dos pais, maridos ou bebês dessas mulheres. Preciso confessar que não. O Doutor Junqueira diz que sou um psicopata, o que significa mais ou menos que sou incapaz de sentir remorso. É uma explicação tosca, mas basta para entenderem o que há de errado em mim – ou diferente, como prefiro dizer. Tem alguma coisa no meu cérebro, como uma peça fora do lugar, que me torna imune a esse complexo de culpa que todos tentam me incutir. Não sei se culpa é um sentimento ou um fato. Se for um fato, sim, eu assumo minha culpa, mas, se for um sentimento, será inteiramente desconhecido para mim até o dia da minha morte. Não foi erro do meu pai por me passar os valores errados ou mesmo da minha mãe por ser uma criatura fraca. Eu já nasci assim, diz o bom doutor.

Gosto do Dr. Junqueira. Ele é engraçado. Vejo o suor se acumular sobre sua boca e a caneta tremer na mão se ele anota alguma coisa enquanto conto detalhes do meu modus operandi. Desse jeito, acho que não vai durar muito como psiquiatra aqui dos detentos. Não sei se a reação é de nojo ou de prazer. Pra mim, é um pouco de cada. Os homens se escondem sob a moral. O doutor é assim, como meu pai.

Para que não digam que sou completamente insensível, saibam que sempre amei meu velho. Quando terminei a faculdade, ele me levou para o sítio, que eu já não visitava há alguns anos, e para a farra na cidadezinha próxima. Eu era oficialmente um homem. No bar, me falou de trabalho, de casamento, de família, de todas essas coisas que tornam um sujeito digno e que ele havia sonhado para mim. Bebemos muito, talvez demais, e, quando chegamos em casa, de madrugada, fomos praticar tiro em latas de cerveja que íamos esvaziando na boca à medida que precisávamos de novos alvos. Dificilmente acertávamos algum. Eu estava excitado e descuidado e comecei a fazer perguntas sobre aquele caseiro que ele havia liqüidado há muitos anos. Ele ficou sério apesar do álcool, mas insisti. Perguntei se ele se sentira vingado porque o desgraçado assustara mamãe. Se ele se sentira superior a ele ao dar-lhe ordens sob a mira da espingarda. Se tinha se sentido um homem de verdade ao mandar o desgraçado para o inferno. Porque estava bêbado, ele riu e disse que sim, e que o velhote era um grande filho da puta que já tinha olhado gozado para mamãe mais de uma vez e por isso merecia mesmo uma bala no meio dos cornos.

Então, finalmente, perguntei quantos tiros haviam sido necessários e onde haviam acertado. Se a morte fora rápida ou ele agonizara. Ele se deixou embarcar naquela conversa que em qualquer outra ocasião o teria deixado horrorizado. Aquelas respostas eram o meu santo grau. Nunca me senti tão próximo dele como então.

Eu não tinha a paixão de papai por armas. Preferia trabalhar com as mãos. Expliquei isso a ele quando contei sobre a minha coleção de lembranças das meninas. Falei a ele do meu prazer como um rapaz fala do seu primeiro amor. Ele ouviu em silêncio por alguns instantes e demorou para compreender. Quando o fez, seus olhos se arregalaram e ele começou a gritar comigo. Seu louco, seu desgraçado, oh, filho, não o meu filho, por quê, Deus, e outras palavras que não faziam o menor sentido. Ele andava de um lado para outro, me xingava e murmurava Deus, Deus, o que vou fazer?

Na minha ingenuidade eu confessara a meu pai o que realmente movia minha vida e agora ele me odiava. Disse num ímpeto que ia me denunciar. Você não vai fazer isso, respondi, sou seu único filho, não vai me mandar para a prisão.

Ele berrou, me chamou de criminoso, você tem de pagar pelo que fez. Eu disse que se ele me denunciasse eu contaria à polícia sobre o homem que ele havia matado. Mostraria até o local onde ele estava enterrado. Eu havia visitado aquele túmulo no bosque por anos a fio, em segredo, pensando na vida e na morte.

Ele me olhou com medo, vacilou. Não importa, disse então, e me deu as costas. Tive receio de que fosse para dentro buscar as chaves do carro e correr para a delegacia mais próxima. Papai, chamei, mas ele não se virou. Então, atirei nas suas costas.

Sem mirar, acertei-o entre os ombros e ele gritou de dor. Só então se voltou, e no ímpeto caiu sentado na grama. Eu me aproximei, recarreguei a espingarda, encostei-a na sua têmpora e disparei. Não me lembro de carregar de novo e de novo a arma, mas sei que o acertei repetidas vezes no rosto até ele parar de tremer.

Não. Eu não gostei de matar papai. Eu o amava de verdade. Mas ele ameaçou algo que eu amava mais ainda e tive de fazer. Tive. Não sinto culpa.

A polícia não engoliu minha história de que, quando acordei na manhã seguinte, papai já havia saído da casa no sítio e eu não o vira mais desde então. Mamãe, sempre tão frágil, desta vez decidiu ser firme. Papai tinha amigos entre gente graúda da capital e ela insistiu com todos eles, pedindo ajuda, influência, dinheiro, o que fosse necessário.

Não foi preciso muito. Não sei se ela já suspeitava de mim, mas um dia mostrou à polícia os meus troféus secretos e um oficial identificou o pingente que a minha primeira vítima usava numa foto. Acabei sendo detido. Mostraram minha coleção às famílias de algumas garotas desaparecidas, que reconheceram uma aliança de casamento, um chaveiro e uma caneta de luxo. Depois disso, confessei tudo.

Não sei realmente se o jornal publicará esta carta aberta, mas sei que alguém na redação há de lê-la. Como você, que me lê agora. Se você acredita que sou louco, tente, uma vez na sua vida vazia, colocar-se no meu lugar e pense de novo nesta pergunta: você já quis matar alguém? Não? Mentira. Apenas não teve chance. O que faria se estivesse lá? Comigo? Em mim? A vítima à sua frente, o desejo de matar na alma e todo o poder para isso em suas mãos.

A morte está em nós como a fome, a sede ou a libido. Está no jogo da sobrevivência. Livre-se dos seus valores morais, das suas leis e principalmente do seu medo de ser pego. Diga, o que sobra?

O que sobra sou eu.

fonte: http://conteudoperverso.blogspot.com.br/2013/12/voce-ja-quis-matar-alguem.html
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A Maldita Casa Ronald McDonalds

No dia 17 de junho de 2006,um garoto com 13 anos de idade foi encontrado morto em um restaurante da rede de fast food McDonalds,em Nova York.Ele usava um uniforme de orfanato e ao seu lado foi encontrado um papel de caderno,com uma carta,oque leva as autoridades á hipótese de suicidio.Porém,ainda há muitas dúvidas sobre o caso.Como o menino fugiu de seu orfanato?Porque ele foi á um restaurante que,segundo o uniforme,ficava a 2km de seu orfanato?E a maior pergunta:porque as autoridades não deram quase nenhuma informação do caso?Várias perguntas sem qualquer resposta.Em pouco tempo,o caso caio no esquecimento,isso até 2016.

No dia 04 de Dezembro de 2016,dez anos após o caso,um homem que não revelou seu verdadeiro nome,em um fórum de teorias da conspiração da Deep Web,afirmou ter trabalhado na rede de fast-food,e disse que o caso foi encoberto pelas autoridades,que receberam propina do McDonalds,e que poucos e pequenos sites de notícias postaram uma notícia do caso.Por isso,é quase ímpossivel achar a notícia na internet,más tem algo a mais,algo que apenas quem era do McDonalds sabia.Ele afirmou que o conteúdo da carta foi alterado pelos funcionarios do restaurante onde o corpo foi encontrado,e mais.Disse que o menino não era do orfanato:que os funcionarios trocaram suas roupas,colocando o uniforme.Ele disse que colocando isso na internet,sua vida estava correndo riscos,más que a verdade tinha que ser revelada.Ele postou o real conteúdo da carta,que você verá logo abaixo.Leia,por sua conta e risco.

"Você certamente conhece a rede de fast-food McDonalds.Covenhamos,quem não conheçe?Todo santo dia,pelo menos uma propaganda desse maldito restaurante passa na TV.Oque muitos não sabem,é que o McDonalds,possuí uma instituição de caridade,que acolhe órfãos e mordadores de rua,chamada Casa Ronald McDonalds.Isso pode parecer normal,afinal certas empresas possuem institutos de caridade.Oque ninguém sabe,é que entre as instalações de Casa Ronald McDonalds,existe uma em específico.Uma que é diferente.Ela não tem uma fachada,indicando que é uma Casa Ronald McDonalds.Não tem número,não tem indereço,e geralmente fica em um local isolado,onde não há movimento.Ela é rara,e existe apenas em cidades grandes com influencia economica em seu país.O único geito de chegar até lá e se você for levado até a mesma,que foi oque aconteceu comigo.

Eu nunca conheci meus pais de verdade,e sou oque eles chamam de "garoto mal".Já passei por várias famílias,más eles sempre me devolviam 1 ou 2 anos depois.Eu lembro do carinho que eles me davam,más eu nasci para decepcionar famílias,e por isso decepcionei cada um deles.

Era dia 16 de Junho.Eu estava no centro de atendimento.Minha assistente social chegou.Ela era loira,com belos olhos azuis.Ela chegou até mim.Dava para ver o cansaço em seus olhos.

-Bom,você foi um garoto mal.Agora,só lhe restam duas opções:escola militar,ou a Casa Ronald McDonalds,que milagrosamente propos lhe acolher em uma de suas instalações.

Eu nunca tive paciencia com sargentos,e acordar 5 horas da manhã?Ha,não me faça rir.Além disso,oque teria demais ficar em um orfanato em homenagem a um palhaço de fast-food?

-Casa Ronald McDonalds,é claro. Eu disse,sem saber que essa era a pior escolha que eu faria em minha vida.

-Bom,arrume suas coisas.Sairemos daqui 1 hora.

Fiz como ela mandou.Peguei uma mala grande,onde guardava as roupas que as familias que me adotaram deram.Peguei também uma mochila,onde guardei alguns cadernos,meu celular,uns agasalhos e etc.Também levava um álbum,contendo fotos de todas as familias que me adotaram.Eu gostava de ver tudo aquilo,pois me trazia boas lembranças,más como eu já disse,eu nasci para decepcionar familias.Então eu sai do local que estava,onde vi minha assistente social me esperando,ao lado de uma van,na qual entrei para partir viajem.

Depois de um tempo andando dentro da van,eu dei uma olhada na janela para ver onde estavamos.Estavamos no centro,e eu reconhecia cada um dos lugares.Certa vez,quando tinha 11 anos de idade,vim com meus irmãos até um bar para encher a cara.Bons tempos...

Depois de quase uma hora,a van parou,e assistente social disse:

-Chegamos.

Eu olhei pra fora da van,e vi que estavamos estacionados em frente a um edificio cinza,sem janelas.Não tinha nenhuma fachada,nem número,nem enderço,Não tinha siquer a decoração.

-Tem certeza?

-Bom,vamos descobrir

Ela olhou mais um pouco para o lugar pela janela da van.

-Nós já tivemos alguns casos que passaram pela casa Ronald McDonalds.

-...

-Além disso,eles assumem total responsabilidade as pessoas que recebem,então talvez nunca mais nos veremos.

Desci do carro.Peguei a alça da minha mochila com meu palmar destro e a coloquei nas costas,na qual apertava e desapertava.A assistente social foi até o porta malas,onde pegou minha mala.Nos aproximamos do local estranho.Em sua frente haviam duas portas de ferro,que se abriram após minha assistente falar com alguém pelo celular dela.Sim,era necessário falar com alguém por fora do edifício para poder entrar.Eu estranhei,obviamente,más não tinha outra opção.As portas se abriram,e fecharam depois que entramos.

O interior era mais estranho ainda.O lob do local tinha cadeiras,das mesma que você encontra em um hospital.Era mal iliminado e tinha portas que davam acesso a vários corredores brancos.No fundo do local,havia uma janela,com uma mulher vestida de enfermeira.Confesso que ela era até gostosa.

Nos aproximamos da mulher que estava de costas.Ela digitava rápidamente algo em seu computador.Minha assistente social se aproximou e disse:

-Olá.

A mulher então se virou.Ela estava usando uma maquiagem de palhaço,igual a de Ronald McDonalds.Ela deu um breve sorriso.

-Ah,olá,vocês já chegaram.

-Sim.Aqui está o garoto.

Ela olhou para mim,com um sorriso em seu rosto.

-Olá menino.Você vai gostar muito de ficar aqui.

-...

Minha assistente pegou de sua bolsa meus documentos,e os passou por uma entrada na jalena para a enfermeira,que os leu.Depois disso,elas discutirão um pouco,e então ela olhou para mim,com um olhar de ódio.Um calafrio subiu em mim,eu surtei.

-NÃO!EU NÃO POSSO FICAR AQUI!

Eu gritei de pavor.

-EU PREFIRO A ESCOLA MILITAR,ME LEVE PARA A ESCOLA MILITAR!

A assistente e a enfermeira olharam para mim.A enfermeira então disse,novamente com um sorriso no rosto:

-Que foi garoto?Medo de palhaços?

A assistente social olhou para meus olhos.Ela estava com raiva,e ditou em um tom alto.

-Não seja burro!Você odiaria a escola militar!E afinal de contas,oque tem demais em uma casa de acolhimento do McDonalds?

-Isso mesmo. Disse a infermeira palhaça,que logo após olhou para um corredor.

-Ó!Lá vem o comite de boas-vindas! Ela disse com um sorriso largo na face,e logo depois fechou a janela com uma portinha retrátil.A mesma que há nas lojas,que sobem e descem.

Minha assistente social olhou em meus olhos novamente.

-Olha,eu tenho que ir.Você ficara bem.Até mais. Ela se virou de costas e saio pela mesma porta que entramos no local,que depois se fechou.Eu corri para a mesma,e dei vários murros,enquanto gritava.

-NÃO!NÃO ME DEIXA SOZINHO,POR FAVOR!ME AJUDA!

De nada adiantava.Eu me afastei,e olhei para o corredor.Eu pude escutar risadas,e depois sombras vindo em minha direção.

Eu corri para um canto,olhando tudo aquilo que estava ocorrendo.Eu pude ver pessoas,com trajes de enfermeiros,usando maquiajens de Ronald McDonalds,igual a enfermeira que me recebeu.Eles seguravam ferramentas metálicas,e se aproximavam cada vez mais,com sorrisos em seus rostos,enquanto soltavam gargalhadas e risos.

-FIQUEM LONGE DE MIM!

Eles me cercaram.Era homens e mulheres.Um deles colocou a mão em minha boca,impedindo meus gritos,e logo depois eu pude sentir uma agulhada no ombro.Ele tinha injetado algo em mim através de uma seringa.Após isso,todos riram.Eu senti meus olhos pesados,e escorreguei ao chão,quase desacordado.Um sorriso se formou em meu rosto,contra minha vontade.Então o enfermeiro-palhaço que me atacou chegou perto de mim,e as únicas palavras que eu pude escutar antes de desmaiar foram:

-Você sorrira muito conosco.Hahaha!

Depois de muito tempo desacordado,eu abri meus olhos,que giraram.Não sabia que tipo de droga eles haviam me dado.Eu olhei ao meu redor.Eu estava em uma maca de hospital,dentro de um quartinho branco,vestindo uma roupa de hospital.Eu olhei para o lado e vi uma porta.

Em um impulso,eu levantei da cama,e cai no chão.Me segurei para não soltar qualquer som de dor.Eu me arrastei até a porta da salinha,tentando abri-la,más estava trancada,com um cadiado.

-Merda,merda!

Eu então coloquei meu ouvido contra a porta,onde pude escutar sons de gritos,seguidos de risadas.Minha espinha gelou.Aquilo com certeza não era uma casa de acolhimento.Aquilo com certeza não era uma Casa Ronald McDonalds,não como eu vi nas fotos.Eu então me arrastei até minha mochila.Abri a mesma,e a única coisa dentro era o meu álbum.Más na frente,estava escrito em vermelho "Olhe as fotos".Eu não deveria ter feito aquilo,más fui curioso.Eu abri.Me choquei com o que vi.Eram as fotos de cenas de crime,porém as vítimas...as vítimas...eram pessoas...que eu conhecia...e muito bem.Eram as pessoas das familias que me acolheram.Eu começei a chorar,ao ver as fotos das mães que eu tive,todas mortas.Eu não aguentei,meu estomago revirou,e eu vomitei.Voltei a olha o álbum,virando cada folha rapidamente,vendo meus pais,tios,irmãos,todos mortos,com as tripas pra fora.Más o pior era na última página.Eu vi minha assistente social,indo até a van.Depois outra imagem dela,olhando pra trás.Agora ela aparece gritando.Depois em outra foto,ela aparece caida no chão,ao lado da van.Depois uma outra foto.Era a mesma enfermeira palhaça que nos recebeu,jogando um líquido no corpo da assistente.E logo depois,jogando um esqueiro,a incendiando.A enfermeira ria,ria com um sorriso psicótico.Eu vomitei denovo,enquanto fechava meu álbum.

-Não,isso não pode ficar assim.Eu tenho que sair daqui. Pensei comigo mesmo.

Eu peguei minha mochila,e descompactei o bolso da frente.Tinha que estar ali.O grampo,que eu usava para destravar portas e roubar casas.Afinal,como sempre disse,eu nunca fui um bom garoto.Minha mão deslisou no tecido macio da mochila,até tocar em algo metálico.Dei um suspiro de alívio.Eu me levantei,e dei uns passos para trás,com uma leve tontura.Fui até a porta,onde coloquei o grampo no cadeado,e o destravei,mais rápido doque eu imaginava.Eu abri um pouco a porta,deixei uma pequena fresta,onde pude ver um corredor,que tinha outros dois corredores em seu meio,quase como um labirinto.Eu quase infartei ao ver um enfermeiro palhaço vindo em minha direção.Eu ia fechar,más ele virou para o outro corredor.Dei um suspiro.

Respirei fundo,e abri a porta,saindo de lá,logo em seguida a fechando atrás de mim.Eu podia escutar gritos de pessoas,seguidos de risadas.Eu andei pelo corredor,com passos silenciosos.Eu tinha que sair dali,eu não podia morrer assim,não mesmo.Enquanto andava,escutei o choro de uma criança em uma porta ao meu lado,igual a que tinha em meu quartinho.Eu tentei abri-la,más escutei passos,e então corri para o outro corredor,me escondendo.Eu olhei me enclinando,e pude ver dois enfermeiros palhaço,com seus uniformes sujos de sangue.Eles abriam a porta onde o menino estava,e adentraram no recinto,o fechando e trancando logo em seguida.Eu queria ter ajudado,más eu não podia,ou poderia ser descoberto.

Eu continuei minha caminhada pelos corredores brancos,até encontrar uma porta no fundo de um dos corredores,com o símobolo verde "Exit" encima da mesma.Eu fui até a porta.Era minha salvação.Coloquei meu palmar destro na maçaneta,e a girei devagar,sem fazer nenhum barulho.Ela estava aberta,eu abri levemente,e a fechei depois.Escadas sem fim estavam em minha frente.Eu desci devagar,com calma,até ver em minha frente uma porta com o número 5 escrito em vermelho.Isso significava que eu estava no quinto andar.Eu desci tudo,depois de um longo período.Meus olhos então fitaram em uma enfermeira vindo em minha direção.Eu gelei.Eu tentei subir,más ela já tinha me visto.Eu tinha que lutar com ela,para sobreviver.Ela chegou perto de mim,tentando me imobilizar.Eu não deixei.Ela ditou:

-Parece que temos um garoto mal criado.Você vai para a sala do cantinho,pensar pelo que você fez,Haha!

-Nunca,vadia

Eu dei um empurrão nela,enquanto segurava seus braços,lhe deiuma cabeçada.Ela deu passos para trás,com os olhos fechados,até escorregar no corrimão,e cair para trás.Ela gritou,e caio.Eu pude ouvir o som do impacto,más respirei aliviado,não apenas de sobreviver,más de que ninguém havia notado.

Eu agora acelerei meus passos.Eu não podia ficar lá nenhum segundo mais.Desci todas as escadas correndo,abrindo todas as portas,até chegar na porta com o número 1.Eu a abri.Agora estava em uma sala grande,com mais uma porta de escadas na parede,porém algo me chamou a atenção.

Eu pude ver duas portas,com uma grande cruz vermelha brilhante no meio.Eu não devia abrir,más fui curioso denovo,oque me ferrou novamente.Eu preençei meu ouvido contra a porta,onde pude escutar sons de aparelhos de hospital.Eu sabia que não deveria abrir,más não resisti a tentação.Movi minha mão até a maçaneta,que estava aberta.Eu empurrei levemente,e vi oque assombra minhas memórias até hoje.Eu vi uma sala,com luzes piscando.Meus olhos fitaram em várias...várias crianças,cruicificadas em cruzes de madeira,com tubos saindo de seus pulsos.Elas olhavam para o nada,com os olhos fechados,já mortas.Todas nuas.Os tubos,terminavam em um,um cilindro enorme no meio da sala,com um grande "M" no meio.O M de McDonalds.Aquele cilindro,com 3 metros de altura,tava sugando o sangue das crianças já mortas.Meus olhos começaram a lacrimejar.Um grande energia veio de dentro de mim,que subiu até minha garganta.Eu tentei segurar,más não concegui.Eu gritei,enquanto lágrimas saiam de meus olhos.

-QUE PORRA É ESSA!?

Um alarme começou a apitar.Eles deviam ter percebido meu desaparecimento.Eu corri para as escadas.Eu desci tão rápido,que nem andava,apenas rolava.Eu corri,ofegante,chorando.Eu pude ver uma porta no corredor,enquanto o alarme soava,e eu podia ouvir risos altos atrás de mim.Eles estavam me seguindo.Eles me encontraram.Eu abri a porta,onde dei em um beco.Eu vi um bueiro e abri o mesmo.Entrei dentro dos esgotos,e fechei o bueiro,tampando as risadas.Corri em meio a água,por longos metros,até ver uma escada.Eu corri até a mesma,exausto.Abri o bueiro,e sai de lá,chorando.

Eu concegui.A chuva caia sobre mim,que era bem vinda.Eu estava em meio a prédios abandonados.Já estava de noite,más postes de luz iluminavam a rua.Eu andei,clamando por socorro.

-SOCORRO!TEM ALGUÉM AI!ALGUÉM,POR FAVOR!ALGUÉM PODE ME OUVIR!

De nada adiantava.Eu continuei caminhando,enquanto a chuva caia sobre minha pele.Eu então senti algo macio embaixo de meu pé.Era um jornal,que marcava a data 16 de Junho de 2006.Eu voltei a gritar.

-ALGUÉM,POR FAVOR!!!

Gritei até ficar roco,até não conceguir mais falar.Eu continuei a andar,até ver no final da rua,uma grande luz.

Eu me aproximei.Era um restaurante.Más não era qualquer restaurante.Ele ostentava um grande M amarelo,que brilhava em meio a escuridão da noite.Eu adentrei em seu interior.Não havia ninguém.Eu caminhei entre as mesas,até meus olhos fitarem em um caderno,ao lado de uma mesa,encima de uma das mesmas.Eu o apalpei.O abri.E agora estou escrevendo isso para que alguém encontre no futuro.Se você está lendo,quero que faça uma coisa por mim.Quero que vingue a morte de todas aquelas crianças.Conte tudo,a todos que puder.Quero que todos saibam a verdade sobre a Casa Ronald McDonalds.Eu não posso mais fazer isso.Não posso mais viver,não com tudo que eu vi guardado em minha memória.Enquanto eu escrevo,um cartaz do Ronald McDonalds está olhando para mim.Ele está sorrindo.Eu quase posso escutar suas risadas dentro de minha mente.Eu também estou sorrindo agora,e também estou rindo.

-Ha...ha...ha...

O restante da carta está coberto de sangue,sendo impossível a leitura da mesma.

fonte: http://pt-br.creepypastabrasil.wikia.com/

O Diário de Chernobyl


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Desde pequeno quis viajar para Chernobyl desde que eu soube do desastre que houve lá. Resolvi chamar uns amigos e ir, e enquanto visitava um hospital eu encontrei algumas folhas de papel em forma de diário escritas em caneta, que dizia:              
DIA 1: Eu e meus amigos viemos para Chernobyl, cara é muito legal... Eu adoro escrever no meu diário e espero que algum dia alguém o leia, de preferência depois que eu morrer! Eu não acho seguro mas acho que vou dormir no carro enquanto meus amigos vão dar um passeio pelos mercados e apartamentos. Hoje é dia 15/04/2000
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DIA 2: Meus amigos não voltaram, estou ficando cada vez mais nervoso com isso. Eles marcaram voltar as 19:00! Estou com muito medo de 'sair' do carro... Hoje é dia 16/04/2000
DIA 3: …
DIA 4: O carro não funciona. Não da pra imaginar como eu sobrevivi apenas comendo chocolate e tomando refrigerante que meus amigos compraram para a viagem... Tenho comida para mais 3 dias! Hoje é dia 18/04/2000.
DIA 5: Finalmente resolvi sair do carro, fui lá fora investigar e vi uma criança com muito sangue nas pernas. Vi também seus braços deformados, gordos, inchados não sei! Era assustador!
DIA 6: Acho que não vou sobreviver aqui por muito tempo! Espero que alguém leia isso. Por favor, diga a minha família que eu os amo!
DIA 7: Estou com tanto medo, daria tudo para sair daqui. Daria tudo para sair daqui.
DIA 8: Meus amigos estão todos mortos. Andando por um hospital e 'os vi' sem cabeça! Não sei quem fez isso mas vai pagar caro!
DIA 9: Estou dentro desse hospital, me da nojo! Estou comendo minha última barra de chocolate. Pra minha sorte eu voltei no carro e achei dois pacotes de Ruffles e uma garrafa de água com gás.
DIA 10: Eu escuto gritos toda noite, hoje fui investigar e vi aquela menina novamente quando eu toquei nela ela logo disse ' Sua hora vai chegar, assim como todos nós, todos nós!
DIA 11: Querido diário! Eu estou com muita saudade da minha família, estou com medo, com fome, com sede. Acho que é minha hora!
DIA 12: Borboletas são lindas...
...
Folheando o diário e encontrei essa frase:
Здравствуйте, якщо ви читаєте це, тому що ви ніколи по-справжньому пощастило, більшість ніколи не повертатися сюди! Не для утримання тут, якщо ти помреш! І я буду чекати тебе в пекло, і я буду грати з вами теж
...Eu voltei para o Brasil e procurei um tradutor e ele impressionado traduziu para mim a seguinte frase:

Olá,se você esta lendo isso é 'porque tens muita sorte nunca, 'mais nunca mais volte aqui! 'Não é para exploração, se 'voltar aqui você morre! E eu 'encontrarei você no inferno e 'irei brincar muito com você...
Eu apenas dou uma dica!
NUNCA VÃO PARA CHERNOBYL OU CIDADES QUE VOCÊ NÃO CONHECE! NÃO BRINQUE COM ESPÍRITOS OU CIDADES ABANDONADAS...
Meu sobrinho foi para lá e desde então não voltou mais!

FONTE: http://www.eutanasiamental.com.br/2013/05/o-diario-de-chernobyl.html