segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

SCP-775



Procedimentos de contenção especiais: A interação com SCP-775 deve ser feita através de assistência robótica sempre que possível. Caso seja necessário a interação humana, todos os funcionários devem usar o
 traje Haz-Mat Mk2 blindado em todos os momentos. Caso algum resquício de rasgo seja encontrado em um dos trajes, o assunto deve ser imediatamente colocado em quarentena e deve passar por uma verificação se há sinais de infestação. As áreas de contenção devem ser revestidas com uma camada de chapa de aço, com todas as articulações e soldagens tão apertadas quanto possível, sem comprometer a integridade estrutural. Um selo de duas partes deve ser mantido como o único ponto de acesso para a área de contenção. Canos de ar deverão ser inundados com água sanitária, se qualquer unidade de SCP-775 for detectado dentro da câmara de vácuo, e continuarão a ser inundados por cinco minutos, ou até que todos os SCP-775 tenham sido rescindidos. A área de contenção deve ser pulverizada com água sanitária em uma base mensal para manter a densidade populacional. A alimentação não deve exceder duas vezes [DATA expurgado] fornecidos apenas a critério do Comando do setor.

Descrição: SCP-775 parece ser uma forma de aracnídeo da ordem Ixodida, mais comumente conhecida como o carrapato. Ele é de um tamanho significativamente maior, com a maioria dos adultos, atingindo uma dimensão comparável com a de um níquel dos EUA. A coloração varia entre tons de preto, vermelho, amarelo, cinza, em cada um. Os adultos possuem oito pernas, enquanto que os juvenis possuem apenas seis. SCP-775 é capaz de fazer pequenos saltos, e viaja muito rapidamente ao longo de superfícies sólidas.


SCP-775 possui em algumas partes, característica de uma estrutura de corpo flexível, mas é muito mais robusto do que o carrapato comum, capaz de sobreviver à esmagamentos,rasgos ou cortes com pouco ou nenhum dano, e capaz de nivelamento para deslizar através lacunas de até 0,25 centímetros. SCP-775 é também capaz de inchar até quatro vezes o seu tamanho original durante a alimentação, embora isso não ligeiramente dificulte a sua capacidade de se mover. As pernas de SCP-775 também são muito fortes, e são capazes de danificar concreto ao longo do tempo.

SCP-775 alimenta-se de uma maneira semelhante à do carrapato comum, mas mais intensamente. SCP-775 injeta uma enzima para aumentar o fluxo de sangue, e que começa a liquefazer outros tecidos. Esta enzima irá atacar todos os tecidos, exceto aqueles que compõem as camadas da pele. SCP-775, então, come o sangue e tecido liquefeito até que esteja totalmente inchado. Ele, então, colocará um saco de ovos contendo 20-30 novos SCP-775 sobre ou perto do sujeito hospedeiro, e em seguida, retomará a alimentação.

SCP-775 irá alimentar-se de todos os animais vertebrados, e continuará a se alimentar e se reproduzir no hospedeiro até que ele já não seja capaz de fornecer nutrientes. Os novos SCP-775, muitas vezes, se enterram sob a pele e tentam se alimentar de tecidos liquefeitos diretamente de lá. O hoespedeiro acabará por ser totalmente esvaziada, com apenas as camadas externas da pele remanescentes. SCP-775, em seguida, preencherá a pele com ovos, e em seguida, partirão para encontrar um novo hospedeiro. Hospedeiros em estágios avançados de infestação são descritos como tomando uma forma "inchada" ou "deformada", muitas vezes com múltiplos SCP-775 ligados a muitos lugares no corpo. Os "ninhos" na pele são muitas vezes cheios até a capacidade máxima que a pele é capaz de carregar. O SCP-775 é capaz de reproduzir crias, dois dias após a eclosão, com ovos que levam cerca de 24-30 horas para eclodir, em média. Este ciclo de vida acelerado e a capacidade de resistir a maioria das formas de dano físico, pode levar o SCP-775 a uma explosão populacional quase contínua. Lixívia parece ser eficaz no controle do SCP-775, que acaba por morrer depois de vários minutos submerso no mesmo.

Notas sobre a recuperação:

SCP-775 foi primeiro encontrado em [DATA expurgado] A família Stull parece ter sido as primeiras infectadas. A equipes de resgate encontrou apenas um macho adulto e uma fêmea juvenil que ainda viviam na casa, que se presume-se ter se hospedado em ███████ (idade ██) e █████ (idade ██) Stull. Ambos estavam em estágios muito avançados da █ ████████ ██ infestação, tornando a identificação difícil. A maioria dos membros do SCP-775 parecem ter preferência por infestar mãos, pés, face e abdômen dos indivíduos. Os mesmbros restantes da família foram encontrados no porão, sendo utilizados como "ninhos" para novos SCP-775, com uma das peles já descartada. Vários milhares de unidades de SCP-775 estavam presentes na casa, e não se sabe se os indivíduos usados ​​como "ninhos" foram transportados para o porão por SCP-775, os restantes membros da família, expiraram naturalmente. Evidências de [DATA expurgado] serão destruídos; no entanto, os registros serão mantidos para referência segura.

Fonte: SCP-Wiki

Benthlem Royal




Benthlem Royal Hospital, esse é o nome do maldito lugar que torturava seus pacientes (as vezes como diversão), vamos citar alguns métodos e procedimentos que eles usavam para "curar seus pacientes".

1 - Trancavam os pacientes em jaulas
O Hospital cobrava ingressos do público, e o que eles podiam fazer, era simplesmente, cutucar os coitados nas jaulas com varas (de qualquer forma), como se fossem animais.

2 - Até quem não precisava estar lá
O Hospital abrigava quem era epilético ou tinha dificuldade de aprendizagem (o que hoje não é nada de deficiência mental)

3 - Cadeira Giratória
Um dos mais estranhos e crueis tratamentos era esse, o paciente tinha que ficar numa cadeira giratória no teto e girava ele como uma centrífuga, tudo bem que ficar numa dessas no parque diversões por alguns minutos é divertido, mas eles não ficavam por minutos, ficavam por horas. As vezes o paciente ficava lá até por 12 horas, o que podia matá-lo

4 - Tratamentos Brutais
Um dos "tratamentos" era dar banhos frios, espancar e deixar os pacientes com fome, os tratamentos eram tão cruéis, que o hospital recusava pessoas que pareciam ser fracas demais, e podiam não aguentar tudo aquilo.

5 - O Cemitério do Lugar
Bethlem-manicômioAlguns não aguentavam tanta crueldade, acabavam morrendo, suas famílias não queriam nem saber dele, por que achavam que não tinham cura, então deixavam apodrecendo dentro daquele hospital. Os corpos eram eliminados deixando eles perto da rua do Hospício.

6 - Sem Inspeção 
Bethlem-manicômioO Manicômio passou 40 anos sem uma única inspeção, e quando acontecia, só checavam uniformes e utensílios domésticos.

7 - James Norris
Um dos piores casos foi desse cara, Norris passou 10 anos acorrentado às paredes de Bethlem.
Apenas em 1814 seu caso veio à tona, foi liberto, mas ainda confinado no hospital. Suas condições de saúde eram tão ruins, que morreu uma semana depois, de tuberculose e pneumonia

Os Estranhos Moradores do Hotel Lancaste


Durante o expediente na repartição pública, Ramon fazia questão de ser apenas um fantasma, aquele que batia o ponto exatamente no horário, respondia aos cumprimentos dos colegas de trabalho com resmungos, sentava-se à mesa na seção contábil e anulava-se no mundo dos números. Nunca foi convidado para reunir-me com a turma no barzinho às sextas-feiras à noite, não participava de brincadeiras tipo amigo-secreto, jamais foi a um batizado de filhos de funcionários, sua boca sempre permaneceu descaída quando o chefe contava piadas idiotas – ninguém tentava conquistar sua amizade, o que lhe parecia uma bênção.
Mas há dois dias o comportamento de Ramon mudou. Passou a xingar os colegas da repartição por qualquer coisinha, a chutar a lixeira perto da mesa, teve duas ou três crises constrangedoras de choro convulso, ali, bem diante de todos. Consequência: prestes a terminar o expediente, foi chamado à sala da chefia, recebeu uma suspensão de três dias e conselho para procurar um psicólogo.

O motivo para essa anormalidade no seu cotidiano de arquivo-morto foi que assaltaram sua moradia e furtaram, entre outras coisas, uma luneta que ele, Ramon, levou exatos oito meses para pagar em suadas prestações. A luneta era seu bem mais precioso, o instrumento que dava alguma cor em seu viver: Ramon saía da repartição, pegava o ônibus, chegava ao bairro, comprava uma quentinha no restaurante da esquina e subia para a residência no sétimo andar. Tomava banho, vestia o roupão, comia, tomava um copo d'água e ia para a janela bisbilhotar os moradores do Grande Hotel Lancaster – um prédio de doze andares muito antigo situado do outro lado da rua.
O edifício estava condenado, mas, sabe-se lá por qual razão, todas as tentativas de implosão tinham acabado em tragédia, em menor ou maior proporção. Da última vez (e isso fazia uns três meses), os operários estavam instalando os explosivos na base da construção quando um deles foi para os ares, a carga de dinamites misteriosamente detonou na mão do especialista e, o mais curioso, apenas o profissional fragmentou-se como uma pedra de gelo atingida por um martelo. Do prédio mesmo, não caiu nem mesmo uma lasca de reboco. Como o imóvel não queria ser demolido, uns doidos começaram a usá-lo como moradia, às escondidas.
Talvez não fossem realmente doidos, apenas excêntricos – assim pensava Ramon –, já que ninguém ousava aparecer na rua durante o dia. A bem da verdade, só algumas janelas brilhavam durante a noite, uns poucos moradores descerravam as cortinas e, parece, não se importavam que Ramon espionasse suas intimidades.
No começo Ramon costumava olhar um jovem casal morador no quinto andar e ficava intrigado com a maneira peculiar de eles fazerem sexo. Antes e depois da relação carnal os dois ajoelhavam-se ao lado da cama e pareciam rezar – mas com o passar das noites Ramon percebeu que o casal trocou a luz do teto, fluorescente, por lâmpadas que proporcionavam uma claridade soturna, de um roxo-violáceo, e viu também que num móvel escuro de contornos semelhante a um oratório queimavam velas vermelhas e pretas. De pronto perdeu o interesse pela intimidade daquela gente. Havia no sexto andar uma garota lésbica que lhe chamou a atenção pela facilidade com que arranjava parceiras. Ficou fascinado pelo instinto caçador da moradora – até que a flagrou numa suruba com três marmanjos. Aquilo foi a gota d'água, Ramon perdeu todo o respeito que nutria por ela. No mais, o que se via em um ou outro apartamento eram coitos simples, papai-e-mamãe, sem nenhum atrativo digno de observação. Exceto no sétimo andar. O casal de meia idade fazia estripulias na cama que era de infantilizar as posições sexuais do livro Kama Sutra. Assim, Ramon concentrou suas atenções apenas naquelas duas pessoas.
Agora estava de gancho. Ramon deixou o gabinete do chefe de seção com uma raiva tão danada que sentia na boca o gosto amargo do fel destilando em seu organismo - além de ficar sem a luneta, teria que se afastar do trabalho, sem sal, é verdade, mas que de qualquer forma ajudava a enganar a miserabilidade da rotina diária. Voltou para sua mesa e estava tão revoltado que ninguém ousou ao menos levantar os olhos para o seu lado.
Deixou a repartição como sempre fazia, às cinco da tarde, e aproveitou o restinho do dia para passear pelo calçadão, vistoriando com o olhar atento as óticas e lojas congêneres. Viu algumas lunetas, a maioria era produto de baixíssima qualidade, as de alto padrão estavam acima de suas possibilidades monetárias. Por fim acabou comprando um binóculo ordinário e prometeu a si mesmo que tal coisa seria um paliativo. No findar do mês haveria de entrar no crediário para a aquisição de nova luneta – tão portentosa como a que fora furtada. Comeu um cachorro-quente numa lanchonete e foi ao cinema, assistiu a um filme de ficção científica sobre a dominação da humanidade por robôs, saiu de lá por volta das onze da noite e rumou para casa – aquela era a hora de testar a funcionalidade do seu novo brinquedinho, se bem que não estava botando fé naquele binóculo tão mixuruca.
Ao chegar ao prédio o porteiro da noite deixou por breve momento a leitura do livrinho de faroeste e entregou a Ramon um curioso envelope roxo com seu nome escrito em letras góticas.
– Quem deixou isso? – perguntou Ramon ao porteiro.
– Sei lá, eu fui ao banheiro, quando voltei o envelope tava em cima do balcão.
Ramon subiu para o apartamento com a cabeça atordoada. Ninguém nunca, jamais, lhe escrevera uma linha sequer – e a sua primeira correspondência era aquilo, um envelope macabro. Sentou-se à mesa da cozinha, abriu o envelope e tirou uma folha de papel amarelo. Havia só uma frase escrita com tinta dourada: "Oi, querido, nós te convidamos para vir nos conhecer pessoalmente." Não havia assinatura, mas Ramon sabia que os remetentes moravam no Grande Hotel Lancaster. Desembrulhou o binóculo e foi para a janela, assim que posicionou o instrumento todas as janelas se iluminaram como se o edifício fosse uma árvore de Natal. Fascinado, Ramon constatou que as cortinas estavam abertas.
O binóculo era fantástico, muito melhor que a luneta, podia ver cada detalhe do pessoal esquisito. E o que constatou, com espanto, é que todos estavam usando trajes a rigor. As mulheres cobriam-se de vestidos de zemberlines, tafetás de seda, shantungs, georgettes e jacquards – uns vestidos com decotes mostrando grandes porções de bustos graciosos cobertos com jóias de muitos matizes cintilando numa disputa feroz com a claridade ofuscante dos apartamentos. Os homens trajavam smokings, as exceções eram um militar com a farda carregada de medalhas e um outro indivíduo com um uniforme engraçado, principalmente por causa do chapéu de três pontas que lembrava Napoleão Bonaparte. Apesar de sua sala estar mergulhada na escuridão, Ramon concluiu que os indivíduos do edifício de alguma maneira não só tinham conhecimento que estavam sendo observados naquele minuto, como tinham atitudes do mais puro exibicionismo.
No quinto andar uma loira alta, linda, ergueu uma taça de champanhe em sua direção, um sorriso magnífico no rosto de linhas harmoniosas, perfeitas. Fascinado, Ramon ficou muito tempo analisando-a, mentalmente fantasiando que acariciava aqueles cabelos dourados que lhe caíam pelas costas em graciosas ondas – em suaves cascatas, diria alguém com espírito poético. Ela mandou um beijinho com a ponta dos dedos unidos, depois pegou o celular e, ainda olhando-o, teclou. O seu telefone fixo na sala estridulou. Ramon ficou confuso, cheio de perguntas para si mesmo: como ela sabia o seu número? Porque só podia ser ela fazendo a ligação, ninguém jamais tentou falar com Ramon naquele telefone e, é claro, o aparelho já estava instalado quando ele alugara o imóvel. Correu atarantado para a mesinha, ao atender suas mãos cobriam-se de gotículas de suores gelados. Antes de abrir a boca, ouviu:
– Olá, meu querido, você não vem?
A voz que chegava ao seu ouvido era absolutamente encantadora, quente, envolvente, sexy e acariciante. Ramon engoliu salivas várias vezes antes de perguntar:
– Vocês estão dando uma festa?
– Estamos sim, uma festa de despedida. Antes de raiar o dia estaremos todos de mudança, não é mais possível adiar a implosão desse maravilhoso hotel.
– Vão embora?!
– Nosso Mestre encontrou um castelo magnífico no Sul da França. Está em ruínas, é claro.
– Não façam isso, eu não quero – disse Ramon, infantilmente.
– Temos que mudar, querido. Fazemos isso há muito tempo, não é um inconveniente, muito pelo contrário. É tão bom mudar de ares! E na França agora é outono, você não acha o outono a estação mais linda do ano?
– Prefiro o inverno...
– Oh, que fofinho! Você vem?
– Não tenho traje a rigor...
– Vista o seu terno de formatura.
– Como sabe que ainda tenho meu terno de formatura?
– Meu querido acredite, eu sei de tudo. De tudo!
– Será que o terno ainda me serve?
– Claro que serve! Olha, vou esperar você na recepção do hotel. Por favor, não demore, querido... – A mulher desligou, Ramon correu para a janela, posicionou o binóculo – o apartamento estava vazio, todos os apartamentos estavam vazios. Então ouviu o som de valsa, era isso, a festa estava começando. Rapidamente dirigiu-se para o guarda-roupa, retirou o terno escuro de gabardine de quando se formara em Ciências Contábeis, vestiu-o, calçou meias amarelas – não as tinha da cor preta –, o par de sapatos social um tanto empoeirado, uma gravata fina cinzenta, olhou-se no espelho.
– Estou bem? – Perguntou-se.
– Sim, estou ótimo! – Respondeu baixinho, sorrindo para o seu reflexo.
O porteiro sentia profunda aversão por Ramon, só lhe dirigia a palavra quando era absolutamente necessário. Mas naquele momento, vendo-o de terno e gravata, não resistiu à curiosidade.
– Vai para algum velório? – perguntou.
Ramon sorriu – era a primeira vez na vida que o porteiro via o rosto daquele rapaz abestalhado abrir-se num rasgo de alegria.
– Vou a uma festa.
O porteiro largou o livrinho de faroeste aberto em cima do balcão e emparelhou-se a Ramon, ambos dirigiram-se para a porta de saída.
– Posso saber onde é o baile? – Perguntou assim que chegaram à calçada.
– Ali. – Ramon apontou a fachada do Grande Hotel Lancaster.
– Só se for pra dançar com fantasmas, o hotel tá completamente abandonado, se duvidar até as baratas e ratos fugiram dali.
– Não está vendo todas as luzes acesas? – Estranhou Ramon.
–Cara, o que você tem, tá maluco, é? O lugar tá mais escuro que a alma do capeta.
Ramon indignou-se, até um cego perceberia aquela explosão de luzes. Achou que o porteiro estava querendo gozar com sua cara. Mas a música, não estaria ouvindo? O som estava bem alto, um som de música orquestral ao vivo, com toda certeza uma orquestra inteirinha estava tocando no salão de bailes do Grande Hotel Lancaster.
– Não está ouvindo a música?
– Você é retardado? Que música?
– Você não passa do sujeito mais ignorante do mundo. Um completo idiota. – Ramon indignou-se.
O porteiro, morrendo de rir, ficou plantado na calçada observando Ramon atravessar a rua. Então parou de rir ao ver que o esquisitão adentrava o hotel em ruínas. Ele teve que admitir, Ramon era amalucado, é verdade, mas que coragem! Santo Deus, que coragem!
Algumas horas depois, Ramon saiu daquele hotel sinistro com a felicidade estampada em cada centímetro de seu rosto, passou pela portaria, chamou o porteiro e disse:
– Osvaldo, poderia me fazer um favor?
– Claro! – Respondeu o porteiro, esperando por mais uma maluquice de Ramon.
– Se alguém perguntar por mim, diga que mudei para a França. – Disse adentrando o prédio.

O Hotel Lancaster foi implodido no dia seguinte. Ramon foi encontrado três dias depois, enforcado em seu apartamento.

fonte: http://conteudoperverso.blogspot.com.br/2013/08/os-estranhos-moradores-do-hotel.html