domingo, 30 de outubro de 2016

Dark Ghost




"Tudo aconteceu quando eu tinha cinco anos, meus pais decidiram se mudar para a nossa casa própria.

Todos nós estávamos muito felizes, conhecemos muito terrenos e um dia papai chegou dizendo que achou o perfeito.

No sábado fomos visitar o tal terreno, era enorme. E ficava num bom bairro. Seguro e todos se conheciam, era perfeito para nossa família pequena.

Eu gostei do lugar, era imenso! Eu poderia brincar em todo esse pátio. Muito melhor que nosso pequeno e limitado apartamento alugado.

Mas o lugar estava abandonado fazia anos, a grama devia ter uns 1,30 ou mais de altura, e eu sempre fui pequena. Então meu pai me levou nos ombros.

Tinha uma pequena cabana de madeira rústica, sem nada, nem móveis. O cheiro era horrível, mofo e algo podre. Tinha uma única sala e um quarto, pois tinha um até então desconhecido beliche de madeira podre com colchões manchados de algo preto.

Me lembro, que eu era uma criança curiosa, e logo subi no beliche. Minha mãe me puxou na hora e me tirou de lá brigando comigo.

Tinha uma coisa que eu me lembro muito bem da minha mãe, ela sempre parecia saber de tudo. Como uma vidente, e ela não gostava de um pouquinho de certas coisas que eu falava. Isso sempre foi uma curiosidade minha, como ela sabia de tudo isso?

Eu fiquei emburrada, e fui dar uma volta pela cabana, estava muito escuro. E a porta aberta não iluminava tudo.

Eu tinha achado uma espécie de porta secreta, quando meu pai me puxou dizendo que achará algo muito legal ali para mim.

Eu esqueci da tal porta na hora, e fiquei perguntando o que era, até ele me entregar um pingente velho de metal. Era uma estrela, bem simples.

Mamãe prometeu que iria limpar e eu poderia usá-la. Fomos embora e papai nos levou em um restaurante, foi um dia agradável aquele.

De noite eu saía do banho, quando mamãe me mostrou o pingente, agora numa corrente de prata que ela tinha.

Era lindo, e parecia novo. Eu quis usá-lo na hora, e nunca mais o tirei.

Alguns dias depois compramos o terreno, e começaram a construir a nova casa. Foi um rebuliço na época, fazia muito tempo que ninguém se mudava para aquele bairro, e também ninguém sabia a história daquele terreno.

Nos mudamos para lá, a casa tinha três andares, meu quarto ficava no segundo. Eu amava aquela casa, era um sonho para mim. E naquela época nossa família estava enriquecendo e eu ganhava muitos presentes.

Eu não gostava muito de ganhar tantos brinquedos, eu não tinha com quem brincar. Meus pais passavam o dia inteiro trabalhando e eu ficava com a babá, que era uma senhora chata.

E naquele bairro não tinha crianças com a minha idade, na verdade todos tinha de dezoito para cima. Eu ficava sozinha muito tempo.

Algum tempo depois do meu aniversário de seis anos, um amigo de meu pai tinha uma neta que vinha aos verões ficar com ele e a avó.

Nos tornamos amigas na hora, e todos os dias desde cedo brincávamos e as vezes passávamos a noite na casa da outra.

Eu tinha começado a estudar e tinha amigas, minha vida era mais alegre. Mas quando eu fiz oito anos a felicidade acabou.

Meu pai acabou por fazer uns negócios escondidos e como seguro estava nossa casa. Perdemos nosso único bem precioso e a família se afundou em dívidas, na mesma época que minha mãe perdeu o emprego.

Eu sempre me lembro das discussões dos meus pais, que as vezes meu pai batia em minha mãe e se eu vinha defende-la apanhava também.

Acabamos ficando na casa, agora sob aluguel. As brigas acabaram, ou eles brigavam sem que eu visse.

Mas mesmo assim já era tarde, às vezes conflitos familiares poderiam acabar com uma criança, era o que os médicos diziam e foi exatamente o que aconteceu comigo.

Eu perdi amigos e tive que trocar de colégio, uma total desconhecida em um lugar diferente. Eu não conseguia fazer amigos, e sentava no fundo da sala.

Às vezes eles me trancavam na sala de aula, e só me tiravam quando a segunda turma vinha estudar. Outras eles batiam em mim, tacavam bolinhas de papel e pedras, e me derrubavam.

Minha mãe sempre me perguntava o por que dos meus ferimentos e eu mentia que eu me machucava brincando.

Então comecei a usar roupas escuras e largas, para esconder meus hematomas, machucados e que eu tinha anorexia.

Eu procurava maneiras de me distrair sozinha, já que minha única amiga. A neta do amigo de meu pai também chamada de Anna acabou por ir para o meu colégio. E ela ficou popular, então para que ser amiga da estranha e perdedora do colégio?

Quando fiz treze anos, tudo mudou drasticamente. Fazia alguns meses que mamãe voltará a trabalhar e me deu um celular para nos comunicarmos.

Eu colocava músicas e escutava enquanto escrevia em meu fichário. Eu sempre gostei de escrever sobre mim, mesmo que minha vida fosse horrível.

Logo comecei a ter pesadelos com um garoto misterioso, eu nunca me lembrei de fato os sonhos ou o nome do garoto. Mas eu lembrava dele: olhos verdes intensos, pálido como papel e alto.

Fiquei espantada, eu tinha imaginação para esse tipo de sonho? Logo comecei a escrever sobre isso e desenha-lo.

Mas tudo piorou, comecei a vê-lo em todo o lugar! Nas aulas, colégio, em casa! Em todos os lugares.

E ele nunca fala comigo, apenas me observa. Eu tento falar com ele, mas nunca obtenho uma resposta.

Acho que estou completamente louca!

Aguentei meu observador por semanas, até que as poucos ele parou. Nunca fiquei tão feliz.

E aos poucos esqueci de tudo, mas piorou novamente.

Fiquei com uma terrível sensação de ser observada, principalmente quando estava no meu quarto. Eu já estava cansada de olhar para todos os lados atrás de alguém invisível.

Quando eu já tinha quatorze e já estava acostumada com a sensação de ser observada.

Era uma segunda-feira e eu estava fazendo meu dever de casa, quando ouvi um barulho vindo do sótão.

Fiquei assustada e peguei uma lanterna e subi até lá.

Não parecia ter nada lá, talvez algo tivesse caído. Tudo estava em perfeita ordem.

Liguei a lâmpada e olhei a volta, em um canto estava uma entidade alta e vestida com um manto negro.

Fiquei paralisada de medo e desliguei a luz e fechei a porta num estrondo. Tranquei e nunca mais entrei, nem passei no corredor que levava ao sótão.

Depois desse dia não conseguia dormir direito, eu tinha olheiras enormes e dormia durante as aulas.

O único lugar seguro para mim, era o colégio, mesmo eu sendo o alvo de todas as maldades dos alunos.

Mas eu sempre acabava sendo pega por um professor ou entrega por um aluno maligno. E ficava de castigo ou detenção depois da aula.

E eu ficava muito grata por isso, era ótimo não ir para casa e ter que viver com medo e sozinha.

Mas chegava o momento que eu abria o portão e a porta, eu ia para o Inferno por livre e espontânea vontade todos os dias.

Eu estava escrevendo em meu fichário, quando vi algo na minha frente. Segurei a caneta com força e olhei para cima. Era apenas aquele garoto misterioso.

Eu olhei para ele assustada, e ele falou comigo pela primeira vez. E assim comecei a falar com um espírito.

Com o tempo comecei a gostar dele, e ele me contou que viveu com sua família há mais de cinquenta anos, e até que aquele pingente que eu usava era dele.

Eu me ofereci para devolver o pingente e ele recusou, alegando que estava me dando de presente.

Eu já tinha perdido a desconfiança por ele, e confiava nele. E um dia ele disse que me amava, eu chorei e disse que também gostava dele.

Mas como ficaríamos juntos? Ele era um espírito de um adolescente morto e eu uma adolescente viva.

Ele disse que tinha um ritual para revivê-lo, e eu aceitei sem pensar duas vezes.

Eu tinha apenas que escrever meu nome num papel e pôr meu sangue. Pronto, fiz isso e nada aconteceu.

Ele sumiu por dias, não vi ele nunca mais e fiquei desconfiada, mas.. logo procurei na internet e descobri que dei minha alma. Eu iria morrer em breve.

Comecei a chorar e fiquei sem sair de casa por um bom tempo. Comecei a ler algo chamado creepypasta, eu gostei. Eram assassinos que enlouquecem e saem matando.

Aquilo me deu uma ideia, a noite peguei uma faca de cozinha e coloquei uma calça preta e um moletom também preto.

Sai andando e vi um rapaz do meu colégio, ele era um dos populares. Seus cabelos caíam em seus rosto. Já era tarde.

Ele sorriu ao me ver, e soltou alguma cantada idiota. Eu fingi estar interessada e ele tentou me beijar, mas eu fui rápida e cortei sua garganta.

Ele morreu na hora, e comecei a esquartejar seu corpo sem vida. E depois fugi.

Ao chegar em casa lavei minhas roupas e a faca e fui dormir como sempre.

Na manhã seguinte, eu saí do quarto e fui comprar um jornal para ver as notícias e ouvi todos dizendo do brutal assassinato.

Eu amei aquele estranho prazer, e ver todos com medo fez eu sorrir muito. Mas eu tinha que me vingar de uma pessoa, mesma ela estando morta, ou não.

A noite fiz um ritual para invocar o garoto, que surgiu. Ele parecia apavorado ao me ver.

- O que você está fazendo? - ele perguntou.

- Sabe uma coisa que foi errada nesse ritual? A faca não era virgem! Não foi minha alma dada. - meu sorriso se alargou. - Mas o que restava da minha sanidade!

- E o que você quer? Me matar? - ele pergunta.

- Não. Só devolver sua alma para o lugar certo. - quando cortei meu pulso e o sangue pingou no pentagrama ele gritou e sua alma voltou ao seu lugar.

No meu pingente. A noite esperei meus pais, e assim que eles chegaram me vesti. A calça preta, a regata com uma caveira e o moletom preto. E por fim meu all'star de cano médio preto.

Fui ao quarto dos dois e os matei. Com o sangue deles escrevi na parede e fugi para nunca mais voltar.

Era o meu adeus a minha antiga vida, e o começo da minha vida como assassina."


No dia seguinte as reportagens eram sobre a família Campbell brutalmente assassinada, sobre a parede a frase: "I'm dead?" (Eu estou morta?)

A culpa do assassinato de Linda e Mark Campbell e o adolescente caíram sobre a única filha do casal que estava desaparecida: Emma Campbell de quatorze anos. Também tinha a suspeita que ela tinha sido sequestrada.

Mas a cidade viveu momentos de terror com a assassina, que todos descreviam ter longos cabelos em cachos castanhos e olhos castanhos, pálida como um fantasma, baixa e vestida de negro. Parecia jovem e tinha os olhos borrados de lápis ou tinta preta.

Primeiramente ela usava facas, mas quando a fama de Dark Ghost, como era chamada. Veio a tona ao descobrirem que sua arma é uma foice.

E só tem uma coisa que Dark Ghost procura em sua vida: sua próxima vítima.

fonte: http://creepypastadark.blogspot.com.br/

Um homem que estava desaparecido a 137 anos, reapareceu na delegacia em que eu trabalhava



Falaram que é o nativo em mim que me torna um bom desvendador de trilhas. Já encontrei 16 pessoas desaparecidas em Nevada, 23 na Califórnica, 49 em Utah e mais centenas em Washington. Descobri que a cidade de Black Lake no estado de Washington é a mais bonita, e é onde eu quero descansar com a mulher que conheci enquanto pescava no lago. Ela foi sortuda em conseguir um emprego como professora da segunda e quarta série da escola fundamental local, eu fui sortudo suficiente para conseguir um emprego no departamento da polícia local e ganhar dinheiro suficiente para provir para minha família, a qual agora incluiu uma bebêzinha também.


A delegacia de Black Lake me colocou em casos de pessoas desaparecidas, os quais haviam vários. Uma cidade desse tamanho deveria ter uma dúzia de desaparecimentos por ano, no máximo. Uma cidade grande deveria ter milhares, mas Black Lake tem uma história de mais de dezenas de milhares de sumiços, o que foi abafado pelos políticos locais. Fiquei sabendo pelo antigo comandante que bairros inteiros sumiam da noite para o dia, e que eu tinha que dar o meu máximo para encontrar algumas dessas pessoas. Mas eu nunca encontrei um desaparecido no meu curto período de estadia em Black Lake.


Em um fim de tarde, enquanto eu estava em um plantão noturno enquanto Rod Serling me falava através da TV em preto e branco sobre o auge do conhecimento e medos dos seres humanos, um homem com com os pés embrulhados, calças bem detonadas e uma camiseta de pijama ao contrário, entrou dentro da delegacia, olhou em volta com um olhar assustado e me pediu um copo d'água.


Levei o homem até a sala de interrogação e servi a ele um copo d'água. Perguntei seu nome, e me respondeu que era Silas MacMurray. Coloquei o nome dele na pesquisa do meu celular, ele observou como se fosse um equipamento alienígena. O nome dele coincidiu com um nos arquivos de desaparecidos. O nome era dos arquivos da antiga delegacia, era um relatório de uma pessoa desaparecida em 1879, o qual estava anexado um lindo desenho feito a mãos do homem em questão, desde o o nariz torto até a barba rala. Era ele ali na minha frente, sem dúvida nenhuma. Silas era um vendedor de máquinas a óleo e bastante amado por sua comunidade, como dizia em sua ficha. Mostrei para ele meu tablet, o qual ele pegou em suas mãos como se fosse uma relíquia sagrada e brilhante. Fico envergonhado em dizer que achei que ele estava drogado quando perguntei como havia chegado ali. Aqui em baixo há uma transcrição da gravação da sala feita as 22:34:


"Acordei em uma noite precisando usar a latrina. Quando lá fora, fui banhado por uma luz branca. Não lembro de mais nada até o quarto rosa, onde vi o pouco que havia para ver: vários escravos como eu separados por galés, todos coletados de zoológicos por todo universo. Algo... me disse que tudo aqui, incluindo humanos, há muito tempo atrás era uma raça inteligente, mantidos em nosso planeta para proteger o... ambiente? Eles pegavam apenas os saudáveis e felizes. Eu estava na segunda galé, a segunda mais difícil de se comunicar - eles apreciavam a primeira galé. Há criaturas acima de nós, me refiro a nós homens, são criaturas de pura luz e energia. Esses que comandam a nave conversam com eles o tempo todo, estão sempre livres. Todos na segunda galé eram escravos como eu. Não sei o que eles fazem com a última galé. Eu já vivi mais de mil anos, senhor, isso posso falar até para Deus. Naquela época, eles me entregaram como um brinquedo, um entretenimento, um animal de estimação. A cada cem anos eles me mandam aqui para baixo por uma noite, pois acham que isso vai me deixar mais feliz, mas não, não me deixa. Então - por favor, me mantenha aqui. Me prenda na sua cela mais resistente, te imploro. Eles não podem me levar novamente, tenho certeza que nunca retornarei. Não sou mais saudável nem feliz."
Com o pedido do senhor MacMurray, eu o levei até a "sala silenciosa", uma cela de concreto acolchoada com uma porta de tranca tripla. Eu dormi sentado em uma cadeira de metal do lado de fora da cela dele, armado com uma espingarda carregada, mas fui acordado por uma luz branca cegante e algo que parecia o som do maior velcro do mundo sendo separado um do outro. Sumiu tão rápido quanto apareceu. Eu destranquei as três trancas da porta e abri para descobrir que Silas havia desaparecido. Demorei duas horas para explicar os eventos daquela noite. Voltei para minha casa cansado, esperando ver minha linda família. Encontrei nada mais que uma casa vazia. Usei todos os recursos que tinha para tentar encontrar minha amada esposa e querida filha, mas no final elas se tornaram apenas mais duas pessoas desaparecidas na cidade de Black Lake.
Elas eram felizes e saudáveis, sabe? Foi por isso que foram levadas, junto com Silas. Acho que, inclusive, Silas estava feliz trancado dentro da cela pois eu disse que ele estaria seguro. Eu nunca serei levado pela nave, pois nunca mais serei feliz.

fonte: reepypastadark.blogspot.com.br

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