sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Baseado em fatos reais-Casper




 Transcrição da ligação

-911 emergência. Você precisa de ajuda ?
-Sim, por favor , há alguém em minha casa
-Sim, senhor, eu estou comunicando à polícia , Você está em ( editado) apartamento dois ?
-Só por favor , por favor. Peça a alguém para vir pra cá ,
-Eu vou , senhor, mas eu preciso que você confirme o seu endereço primeiro.
-É ( editado) apartamento dois .
-Okey , a polícia está a caminho, mas vou precisar que voce se acalme , Você sabe se é um homem ou uma mulher ?
-Eu não sei, Eu só vi a parte de trás de sua cabeça, o couro cabeludo foi arrancado,
-Desculpe senhor?!
-A pele estava pendurada do lado fora de sua cabeça, ele começou a se virar para mim, mas ,,,
(vidro quebrando)
-Tudo, tudo....tudo apenas começou (?)
- Você é capaz de chegar a uma saída?
- Não eu estou no armário... OH meu Deus.
-Tudo bem, eu preciso que você fique calmo, Voce tem algo que possa usar para se proteger?
- Han... tem alguns cabides!
-Ok pegue um cabide e endireite-o.
- São todos de plástico!
- Ok senhor, tem mais alguma coisa?
(estrondo indeterminado)
-Vá embora!
-O que esta havendo?
-Vá embora
-Senhor?
(som metálico indeterminado)
-Eles estão do lado de fora da porta
-A policia está há alguns minutos daí. eu só preciso que você aguente um pouco mais de tempo
-Por favor, por favor.... eu estou tao assustado. Eu estou tão...
(porta abrindo)
- OI! EU SOU O CASPER!
-OH meu Deus
(estrondo indeterminado/rugido)
-Senhor, senhor, você está aí?
-OH meu Deus
(estrondo indeterminado/luta)
-Senhor?


A voz dele foi ficando mais distante, como se tivesse sendo levado pra longe, apesar de ainda estar gritando, a voz dele foi sumindo. Risadas de crianças ecoaram do outro lado da linha. A operadora deu um pulo de susto com o coração na mão. Os gritos pararam. Silencio.
- Alô? quem está ai? - perguntou ela.
Ouviu mais uma vez uma risadinha abafada ao longe.
- Quem está ai!? - quase gritando.
- Olá! - uma voz fina e feliz respondeu do outro lado. Uma voz que lhe causou frio na coluna e que vai tirar o sono dela por muitos dias.
- A policia está chegando, não tem pra onde correr.
- Eu sou Casper!
A linha fica muda antes que ela pudesse dizer qualquer coisa.



***


Alguns minutos depois, a policia chegou ao local. A porta do apartamento estava aberta, mas nenhum vizinho acordado. A casa estava revirada, mas ao que parecia o intruso não buscava por algo, mas sim, destruir coisas.
No quarto, encontraram a porta derrubada e mais uma vez, tudo revirado. Houve luta ali. A porta do armário estava aberta e um rastro se sangue seguia direto para o espelho de parede, terminando nele. O lençol da cama tinha sido arrancado como se alguém tivesse se agarrado a ele. O lençol estava esticado no chão, a alguns centímetros do espelho.
Ele aponta sua lanterna para o espelho. Uma marca de mão pôde ser vista nele. Uma marca de mão do tamanho da mão de um adulto. Analisou a marca com cuidado... quase não reparou no sorriso largo e cheio de dentes que apareceu no reflexo do espelho.


"Oi!"

fonte: http://creepypastadark.blogspot.com.br/

Vísceras +18



Inspire.
Inspire o máximo de ar que conseguir. Essa história deve durar aproximadamente o tempo que você consegue segurar sua respiração, e um pouco mais. Então escute o mais rápido que puder.

Um amigo meu aos 13 anos ouviu falar sobre “fio-terra”. Isso é quando alguém enfia um consolo na bunda. Estimule a próstata o suficiente, e os rumores dizem que você pode ter orgasmos explosivos sem usar as mãos. Nessa idade, esse amigo é um pequeno maníaco sexual. Ele está sempre buscando uma melhor forma de gozar. Ele sai para comprar uma cenoura e lubrificante. Para conduzir uma pesquisa particular. Ele então imagina como seria a cena no caixa do supermercado, a solitária cenoura e o lubrificante percorrendo pela esteira o caminho até o atendente no caixa. Todos os clientes esperando na fila, observando. Todos vendo a grande noite que ele preparou.

Então, esse amigo compra leite, ovos, açúcar e uma cenoura, todos os ingredientes para um bolo de cenoura. E vaselina.

Como se ele fosse para casa enfiar um bolo de cenoura no rabo.

Em casa, ele corta a ponta da cenoura com um alicate. Ele a lubrifica e desce seu traseiro por ela. Então, nada. Nenhum orgasmo. Nada acontece, exceto pela dor.

Então, esse garoto, a mãe dele grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para descer, naquele momento.

Ele remove a cenoura e coloca a coisa pegajosa e imunda no meio das roupas sujas debaixo da cama.

Depois do jantar, ele procura pela cenoura, e não está mais lá. Todas as suas roupas sujas, enquanto ele jantava, foram recolhidas por sua mãe para lavá-las. Não havia como ela não encontrar a cenoura, cuidadosamente esculpida com uma faca da cozinha, ainda lustrosa de lubrificante e fedorenta.

Esse amigo meu, ele espera por meses na surdina, esperando que seus pais o confrontem. E eles nunca fazem isso. Nunca. Mesmo agora que ele cresceu, aquela cenoura invisível aparece em toda ceia de Natal, em toda festa de aniversário. Em toda caça de ovos de páscoa com seus filhos, os netos de seus pais, aquela cenoura fantasma paira por sobre todos eles. Isso é algo vergonhoso demais para dar um nome.

As pessoas na França possuem uma expressão: “sagacidade de escadas.” Em francês: esprit de l’escalier. Representa aquele momento em que você encontra a resposta, mas é tarde demais. Digamos que você está numa festa e alguém o insulta. Você precisa dizer algo. Então sob pressão, com todos olhando, você diz algo estúpido. Mas no momento em que sai da festa… enquanto você desce as escadas, então – mágica. Você pensa na coisa mais perfeita que poderia ter dito. A réplica mais avassaladora.

Esse é o espírito da escada.

O problema é que até mesmo os franceses não possuem uma expressão para as coisas estúpidas que você diz sob pressão. Essas coisas estúpidas e desesperadas que você pensa ou faz.

Alguns atos são baixos demais para receberem um nome. Baixos demais para serem discutidos.

Agora que me recordo, os especialistas em psicologia dos jovens, os conselheiros escolares, dizem que a maioria dos casos de suicídio adolescente eram garotos se estrangulando enquanto se masturbavam. Seus pais os encontravam, uma toalha enrolada em volta do pescoço, a toalha amarrada no suporte de cabides do armário, o garoto morto. Esperma por toda a parte. É claro que os pais limpavam tudo. Colocavam calças no garoto. Faziam parecer… melhor. Ao menos, intencional. Um caso comum de triste suicídio adolescente.

Outro amigo meu, um garoto da escola, seu irmão mais velho na Marinha dizia como os caras do Oriente Médio se masturbavam de forma diferente do que fazemos por aqui. Esse irmão tinha desembarcado num desses países cheios de camelos, onde o mercado público vendia o que pareciam abridores de carta chiques. Cada uma dessas coisas é apenas um fino cabo de latão ou prata polida, do comprimento aproximado de sua mão, com uma grande ponta numa das extremidades, ou uma esfera de metal ou uma dessas empunhaduras como as de espadas. Esse irmão da Marinha dizia que os árabes ficavam de pau duro e inseriam esse cabo de metal dentro e por toda a extremidade de seus paus. Eles então batiam punheta com o cabo dentro, e isso os fazia gozar melhor. De forma mais intensa.

Esse irmão mais velho viajava pelo mundo, mandando frases em francês. Frases em russo. Dicas de punhetagem.

Depois disso, o irmão mais novo, um dia ele não aparece na escola. Naquela noite, ele liga pedindo para eu pegar seus deveres de casa pelas próximas semanas. Porque ele está no hospital.

Ele tem que compartilhar um quarto com velhos que estiveram operando as entranhas. Ele diz que todos compartilham a mesma televisão. Que a única coisa para dar privacidade é uma cortina. Seus pais não o vem visitar. No telefone, ele diz como os pais dele queriam matar o irmão mais velho da Marinha.

Pelo telefone, o garoto diz que, no dia anterior, ele estava meio chapado. Em casa, no seu quarto, ele deitou-se na cama. Ele estava acendendo uma vela e folheando algumas revistas pornográficas antigas, preparando-se para bater uma. Isso foi depois que ele recebeu as notícias de seu irmão marinheiro. Aquela dica de como os árabes se masturbam. O garoto olha ao redor procurando por algo que possa servir. Uma caneta é grande demais. Um lápis, grande demais e áspero. Mas escorrendo pelo canto da vela havia um fino filete de vela derretida que poderia servir. Com as pontas dos dedos, o garoto descola o filete da vela. Ele o enrola na palma de suas mãos. Longo, e liso, e fino.

Chapado e com tesão, ele enfia lá dentro, mais e mais fundo por dentro do canal urinário de seu pau. Com uma boa parte da cera ainda para fora, ele começa o trabalho.

Até mesmo nesse momento ele reconhece que esses árabes eram caras muito espertos.

Eles reinventaram totalmente a punheta. Deitado totalmente na cama, as coisas estão ficando tão boas que o garoto nem observa a filete de cera. Ele está quase gozando quando percebe que a cera não está mais lá.

O fino filete de cera entrou. Bem lá no fundo. Tão fundo que ele nem consegue sentir a cera dentro de seu pau.

Das escadas, sua mãe grita dizendo que é a hora da janta. Ela diz para ele descer naquele momento. O garoto da cenoura e o garoto da cera eram pessoas diferentes, mas viviam basicamente a mesma vida.

Depois do jantar, as entranhas do garoto começam a doer. É cera, então ele imagina que ela vá derreter dentro dele e ele poderá mijar para fora. Agora suas costas doem. Seus rins. Ele não consegue ficar ereto corretamente.

O garoto falando pelo telefone do seu quarto de hospital, no fundo pode-se ouvir campainhas, pessoas gritando. Game shows.

Os raios-X mostram a verdade, algo longo e fino, dobrado dentro de sua bexiga. Esse longo e fino V dentro dele está coletando todos os minerais no seu mijo. Está ficando maior e mais espesso, coletando cristais de cálcio, está batendo lá dentro, rasgando a frágil parede interna de sua bexiga, bloqueando a urina. Seus rins estão cheios. O pouco que sai de seu pau é vermelho de sangue.

O garoto e seus pais, a família inteira, olhando aquela chapa de raio-X com o médico e as enfermeiras ali, um grande V de cera brilhando na chapa para todos verem, ele deve falar a verdade. Sobre o jeito que os árabes se masturbam. Sobre o que o seu irmão mais velho da Marinha escreveu.

No telefone, nesse momento, ele começa a chorar.

Eles pagam pela operação na bexiga com o dinheiro da poupança para sua faculdade. Um erro estúpido, e agora ele nunca mais será um advogado.

Enfiando coisas dentro de você. Enfiando-se dentro de coisas. Uma vela no seu pau ou seu pescoço num nó, sabíamos que não poderia acabar em problemas.

O que me fez ter problemas, eu chamava de Pesca Submarina. Isso era bater punheta embaixo d’água, sentando no fundo da piscina dos meus pais. Pegando fôlego, eu afundava até o fundo da piscina e tirava meu calção. Eu sentava no fundo por dois, três, quatro minutos.

Só de bater punheta eu tinha conseguido uma enorme capacidade pulmonar. Se eu tivesse a casa só para mim, eu faria isso a tarde toda. Depois que eu gozava, meu esperma ficava boiando em grandes e gordas gotas.

Depois disso eram mais alguns mergulhos, para apanhar todas. Para pegar todas e colocá-las em uma toalha. Por isso chamava de Pesca Submarina. Mesmo com o cloro, havia a minha irmã para se preocupar. Ou, Cristo, minha mãe.

Esse era meu maior medo: minha irmã adolescente e virgem, pensando que estava ficando gorda e dando à luz a um bebê retardado de duas cabeças. As duas parecendo-se comigo. Eu, o pai e o tio. No fim, são as coisas com as quais você não se preocupa que te pegam.

A melhor parte da Pesca Submarina era o duto da bomba do filtro. A melhor parte era ficar pelado e sentar nela.

Como os franceses dizem, Quem não gosta de ter seu cu chupado? Mesmo assim, num minuto você é só um garoto batendo uma, e no outro nunca mais será um advogado.

Num minuto eu estou no fundo da piscina e o céu é um azul claro e ondulado, aparecendo através de dois metros e meio de água sobre minha cabeça. Silêncio total exceto pelas batidas do coração que escuto em meu ouvido. Meu calção amarelo-listrado preso em volta do meu pescoço por segurança, só em caso de algum amigo, um vizinho, alguém que apareça e pergunte porque faltei aos treinos de futebol. O constante chupar da saída de água me envolve enquanto delicio minha bunda magra e branquela naquela sensação.

Num momento eu tenho ar o suficiente e meu pau está na minha mão. Meus pais estão no trabalho e minha irmã no balé. Ninguém estará em casa por horas.

Minhas mãos começam a punhetar, e eu paro. Eu subo para pegar mais ar. Afundo e sento no fundo. Faço isso de novo, e de novo.

Deve ser por isso que garotas querem sentar na sua cara. A sucção é como dar uma cagada que nunca acaba. Meu pau duro e meu cu sendo chupado, eu não preciso de mais ar. O bater do meu coração nos ouvidos, eu fico no fundo até as brilhantes estrelas de luz começarem a surgir nos meus olhos. Minhas pernas esticadas, a batata das pernas esfregando-se contra o fundo. Meus dedos do pé ficando azul, meus dedos ficando enrugados por estar tanto tempo na água.

E então acontece. As gotas gordas de gozo aparecem. É nesse momento que preciso de mais ar. Mas quando tento sair do fundo, não consigo. Não consigo colocar meus pés abaixo de mim. Minha bunda está presa.

Médicos de plantão de emergência podem confirmar que todo ano cerca de 150 pessoas ficam presas dessa forma, sugadas pelo duto do filtro de piscina. Fique com o cabelo preso, ou o traseiro, e você vai se afogar. Todo o ano, muita gente fica. A maioria na Flórida.

As pessoas simplesmente não falam sobre isso. Nem mesmo os franceses falam sobre tudo. Colocando um joelho no fundo, colocando um pé abaixo de mim, eu empurro contra o fundo. Estou saindo, não mais sentado no fundo da piscina, mas não estou chegando para fora da água também.

Ainda nadando, mexendo meus dois braços, eu devo estar na metade do caminho para a superfície mas não estou indo mais longe que isso. O bater do meu coração no meu ouvido fica mais alto e mais forte.

As brilhantes fagulhas de luz passam pelos meus olhos, e eu olho para trás… mas não faz sentido. Uma corda espessa, algum tipo de cobra, branco-azulada e cheia de veias, saiu do duto da piscina e está segurando minha bunda. Algumas das veias estão sangrando, sangue vermelho que aparenta ser preto debaixo da água, que sai por pequenos cortes na pálida pele da cobra. O sangue começa a sumir na água, e dentro da pele fina e branco-azulada da cobra é possível ver pedaços de alguma refeição semi-digerida.

Só há uma explicação. Algum horrível monstro marinho, uma serpente do mar, algo que nunca viu a luz do dia, estava se escondendo no fundo escuro do duto da piscina, só esperando para me comer.

Então… eu chuto a coisa, chuto a pele enrugada e escorregadia cheia de veias, e parece que mais está saindo do duto. Deve ser do tamanho da minha perna nesse momento, mas ainda segurando firme no meu cu. Com outro chute, estou a centímetros de conseguir respirar. Ainda sentindo a cobra presa no meu traseiro, estou bem próximo de escapar.

Dentro da cobra, é possível ver milho e amendoins. E dá pra ver uma brilhante esfera laranja. É um daqueles tipos de vitamina que meu pai me força a tomar, para poder ganhar massa. Para conseguir a bolsa como jogador de futebol. Com ferro e ácidos graxos Ômega 3.

Ver essa pílula foi o que me salvou a vida. Não é uma cobra. É meu intestino grosso e meu cólon sendo puxados para fora de mim. O que os médicos chamam de prolapso de reto. São minhas entranhas sendo sugadas pelo duto.

Os médicos de plantão de emergência podem confirmar que uma bomba de piscina pode puxar 300 litros de água por minuto. Isso corresponde a 180 quilos de pressão. O grande problema é que somos todos interconectados por dentro. Seu traseiro é apenas o término da sua boca. Se eu deixasse, a bomba continuaria a puxar minhas entranhas até que chegasse na minha língua. Imagine dar uma cagada de 180 quilos e você vai perceber como isso pode acontecer.

O que eu posso dizer é que suas entranhas não sentem tanta dor. Não da forma que sua pele sente dor. As coisas que você digere, os médicos chamam de matéria fecal. No meio disso tudo está o suco gástrico, com pedaços de milho, amendoins e ervilhas.

Essa sopa de sangue, milho, merda, esperma e amendoim flutua ao meu redor. Mesmo com minhas entranhas saindo pelo meu traseiro, eu tentando segurar o que restou, mesmo assim, minha vontade é de colocar meu calção de alguma forma.

Deus proíba que meus pais vejam meu pau.

Com uma mão seguro a saída do meu rabo, com a outra mão puxo o calção amarelo-listrado do meu pescoço. Mesmo assim, é impossível puxar de volta.

Se você quer sentir como seria tocar seus intestinos, compre um camisinha feita com intestino de carneiro. Pegue uma e desenrole. Encha de manteiga de amendoim. Lubrifique e coloque debaixo d’água. Então tente rasgá-la. Tente partir em duas. É firme e ao mesmo tempo macia. É tão escorregadia que não dá para segurar.

Uma camisinha dessas é feita do bom e velho intestino.

Você então vê contra o que eu lutava.

Se eu largo, sai tudo.

Se eu nado para a superfície, sai tudo.

Se eu não nadar, me afogo.

É escolher entre morrer agora, e morrer em um minuto.

O que meus pais vão encontrar depois do trabalho é um feto grande e pelado, todo curvado. Mergulhado na água turva da piscina de casa. Preso ao fundo por uma larga corda de veias e entranhas retorcidas. O oposto do garoto que se estrangula enquanto bate uma. Esse é o bebê que trouxeram para casa do hospital há 13 anos. Esse é o garoto que esperavam conseguir uma bolsa de jogador de futebol e eventualmente um mestrado. Que cuidaria deles quando estivessem velhinhos. Seus sonhos e esperanças. Flutuando aqui, pelado e morto. Em volta dele, gotas gordas de esperma.

Ou isso, ou meus pais me encontrariam enrolado numa toalha encharcada de sangue, morto entre a piscina e o telefone da cozinha, os restos destroçados das minhas entranhas para fora do meu calção amarelo-listrado.

Algo sobre o que nem os franceses falam. Aquele irmão mais velho na Marinha, ele ensinou uma outra expressão bacana. Uma expressão russa. Do jeito que nós falamos “Preciso disso como preciso de um buraco na cabeça…”, os russos dizem, “Preciso disso como preciso de dentes no meu cu…”

Mne eto nado kak zuby v zadnitse.

Essas histórias de como animais presos em armadilhas roem a própria perna fora, bem, qualquer coiote poderá te confirmar que algumas mordidas são melhores que morrer.

Droga… mesmo se você for russo, um dia vai querer esses dentes.

Senão, o que você pode fazer é se curvar todo. Você coloca um cotovelo por baixo do joelho e puxa essa perna para o seu rosto. Você morde e rói seu próprio cu. Se você ficar sem ar você consegue roer qualquer coisa para poder respirar de novo.

Não é algo que seja bom contar a uma garota no primeiro encontro. Não se você espera por um beijinho de despedida. Se eu contasse como é o gosto, vocês não comeriam mais frutos do mar.

É difícil dizer o que enojaria mais meus pais: como entrei nessa situação, ou como me salvei. Depois do hospital, minha mãe dizia, “Você não sabia o que estava fazendo, querido. Você estava em choque.” E ela teve que aprender a cozinhar ovos pochê.

Todas aquelas pessoas enojadas ou sentindo pena de mim…

Precisava disso como precisaria de dentes no cu.

Hoje em dia, as pessoas sempre me dizem que eu sou magrinho demais. As pessoas em jantares ficam quietas ou bravas quando não como o cozido que fizeram. Cozidos podem me matar. Presuntadas. Qualquer coisa que fique mais que algumas horas dentro de mim, sai ainda como comida. Feijões caseiros ou atum, eu levanto e encontro aquilo intacto na privada.

Depois que você passa por uma lavagem estomacal super-radical como essa, você não digere carne tão bem. A maioria das pessoas tem um metro e meio de intestino grosso. Eu tenho sorte de ainda ter meus quinze centímetros. Então nunca consegui minha bolsa de jogador de futebol. Nunca consegui meu mestrado. Meus dois amigos, o da cera e o da cenoura, eles cresceram, ficaram grandes, mas eu nunca pesei mais do que pesava aos 13 anos.

Outro problema foi que meus pais pagaram muita grana naquela piscina. No fim meu pai teve que falar para o cara da limpeza da piscina que era um cachorro. O cachorro da família caiu e se afogou. O corpo sugado pelo duto. Mesmo depois que o cara da limpeza abriu o filtro e removeu um tubo pegajoso, um pedaço molhado de intestino com uma grande vitamina laranja dentro, mesmo assim meu pai dizia, “Aquela porra daquele cachorro era maluco.”

Mesmo do meu quarto no segundo andar, podia ouvir meu pai falar, “Não dava para deixar aquele cachorro sozinho por um segundo…”

E então a menstruação da minha irmã atrasou.

Mesmo depois que trocaram a água da piscina, depois que vendemos a casa e mudamos para outro estado, depois do aborto da minha irmã, mesmo depois de tudo isso meus pais nunca mencionaram isso novamente.

Nunca.

Essa é a nossa cenoura invisível.

Você.

Agora você pode respirar.

Eu ainda não.

Wendigo



Wendigo é uma criatura mitológica, nativa das lendas Algonquian (Tribos indígenas norte-americanas), trata-se de um espírito canibal, que pode se transformar em humano ou possuir um. A lenda também se aplica à pessoas praticantes do canibalismo: Uma pessoa canibal pode, eventualmente, se transformar em um Wendigo também.
Nas lendas tribais, a descrição da criatura varia demais, já que, segundo os indígenas, ele é muito rápido e é difícil descrevê-lo com detalhes. Mas o mais certo é que ele seja muito alto, muito, muito magro, por estar sempre com fome, com braços e pernas longos, e, em alguns casos, com um cabelo branco, ralo e sangrento. Possui garras afiadas nas mãos e nos pés, e possui dentes pontudos e amarelos. Muitas vezes possui sangue na boca, e sua língua é azulada. Os olhos variam do vermelho ao amarelo. Se trata de um espírito cruel e canibal, que possui grande poder espiritual, e que a presença dele é relacionada com o frio, que traz fome e desespero.
Eis uma rápida descrição de um Wendigo retirada de um professor da tribo Ojibwa:
O Wendigo era magro ao ponto de parecer doente, sua pele seca esticava-se sobre seus ossos. Com seus ossos sendo empurrados para fora da pele, sua tez cinza como a morte, e seus olhos afundados nas órbitas, o Wendigo parecia um esqueleto muito magro, recentemente desenterrado da cova. O que pareciam ser seus lábios estavam rachados e sangrentos […] Impuro e sofrendo das feridas de sua carne, o Wendigo exalava um cheiro estranho de deterioração e decomposição, de morte e corrupção.

Como o Wendigo está sempre com fome, constantemente ele persegue humanos para alimentar-se da carne deles. Ele caça qualquer tipo de pessoa, embora tenha preferências em cada uma delas: Das crianças, ele prefere a gordura, das mulheres, a pele, dos homens, os músculos, e dos velhos, os ossos.
Ele também tem o costume de “armazenar” vítimas vivas, por causa dos lugares onde ele vive, com invernos longos e rigorosos, o Wendigo também guarda restos das pessoas que já comeu.
Ele é muito rápido, possui sentidos e força muito apurados, e é difícil de ser derrotado. Ele pode enxergar no escuro, e tem um olfato poderosíssimo, que localiza a vítima em distâncias longas, podendo seguí-la durante um bom tempo. É praticamente impossível conseguir fugir dele com êxito, uma vez que você se tornar a presa.
Suas garras são tão afiadas que conseguem decapitar um homem, e cortam a carne humana com grande facilidade. O mesmo para os seus dentes, com uma mordida tão forte capaz de quebrar ossos.
O Wendigo ainda é capaz de se mover com uma leveza impressionante, não deixando um som sequer denunciar sua presença. Se ele quiser que a vítima venha diretamente para ele, o Wendigo é capaz de imitar a voz humana, reproduzindo choros e pedidos de ajuda com perfeição.
Como se não bastasse, o Wendigo ainda é capaz de espalhar uma espécie de doença conhecida como Febre Wendigo (Wendigo Fever). Ele libera um odor para a vítma, que só ela pode sentir, depois, a pessoa que inalou aquele cheiro, a pessoa começa a ter terríveis pesadelos à noite e, ao acordar, começa a sentir uma dor lancinante nas pernas e nos braços, que se torna tão intensa que a pessoa se vê forçada a correr para a floresta (???) gritando de modo alucinado, e retirando suas roupas ao longo do caminho. As pessoas infectadas com a febre jamais voltam (As raras exceções revelaram pessoas que acabaram loucas por causa do acontecimento, e de um provável encontro com um Wendigo), e muitos acreditam que elas acabem sendo devoradas por um Wendigo.
O Wendigo enfrenta qualquer coisa quando ele está faminto, ele quebra árvores e mata animais enquanto caça. Algumas lendas sugerem que tempestades de neve e tornados são sinais de um Wendigo caçando.
Ele vive em florestas, mais especificamente em cavernas e cabines (aquelas onde vivem os guardas florestais).

O Wendigo na Criptozoologia

Embora poucos, já ocorreram avistamentos de Wendigos em alguns lugares. Alguns mais “céticos” com relação à existência do ser, acreditam que ele é confundido com o Pé-Grande ou como Yéti (Abominável Homem das Neves), e que não seria uma criatura nova.wen2
O local mais frequente para esses encontros seria Ontário, no Canadá, também conhecida como “A Capital do Wendigo”, sendo visitada anualmente por entusiastas e pesquisadores.
Lá existem áreas que serviram de palco para avistamentos e alguns incidentes, tanto que há três lugares que ganharam o nome da criatura! São eles a Caverna do Wendigo, o Rio Wendigo e o Lago Wendigo, três pontos mais famosos por serem considerados a casa dele. Alguns dizem que ele consegue viver em praticamente todo o território do Canadá (Lembrando que é o segundo maior país do mundo!)
Proteção
Para se proteger de um Wendigo (Oras, nunca se sabe se você vai acampar lá pro Canadá e dar de cara com um!!), existem amuletos que dizem afastar a criatura de quem os usar. Tampões ou fones de ouvido ajudam a proteger a vítima dos sons que ele produz para atraí-la.
Mas o que realmente mataria um Wendigo – segundo as lendas – seriam balas ou armas feitas de prata, como facas. Elas causam uma dor tremenda no bicho, podendo levá-lo à morte. Uma faca direta no coração congelado da criatura a mataria instantâneamente. Os pedaços do coração dele devem ser colocados em uma caixa de prata e enterrados em um solo sagrado (De cemitério ou igreja).
O corpo do Wendigo deve ser desmembrado com um machado de prata e descartado em áreas remotas (No fundo do mar ou em falhas geológicas, por exemplo) e separadamente. Se nada disso for feito, o Wendigo ressucitará, e obviamente caçará aquele que o matou. (…Prefiro não ir à floresta!)